Na noite deste domingo, uma reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, revelou detalhes de uma investigação policial envolvendo o cantor sertanejo Gusttavo Lima e o casal paraibano José André da Rocha Neto e Aislla Rocha, donos da plataforma de apostas Vai de Bet.
O esquema é alvo da Operação Integration, que apura um vasto sistema de lavagem de dinheiro por meio de sites de apostas, com movimentações financeiras milionárias.
Um dos aspectos mais surpreendentes da investigação é a análise do estilo de vida luxuoso do casal Rocha. De acordo com as autoridades, Aislla Rocha teria gasto, em apenas três anos, a quantia impressionante de R$ 2,4 milhões em dinheiro vivo, somente em lojas de grife. Nas redes sociais, Aislla exibe diversos itens de luxo, como uma minibolsa de R$ 116 mil, que se tornou símbolo da ostentação associada ao esquema.
José André da Rocha Neto e sua esposa, Aislla Rocha, são empresários investigados por uma incompatibilidade entre seus rendimentos declarados à Receita Federal e a quantia que movimentaram nos últimos anos. A investigação sugere que o casal teria utilizado diversas empresas para lavar dinheiro, entre as quais três estão no foco das autoridades:
- J.M.J Participações: Empresa responsável por adquirir, pela segunda vez, o avião de Gusttavo Lima.
- Supreme Marketing e Publicidade: Negociou a compra de um helicóptero do cantor.
- PIX365 Soluções: Segundo a polícia, essa empresa é responsável por operar a Vai de Bet, com Gusttavo Lima atuando como garoto-propaganda.
A relação de Gusttavo Lima com os empresários se estende tanto aos negócios envolvendo aeronaves quanto à sua participação como figura pública no setor de apostas. A plataforma de apostas Vai de Bet tem ganhado destaque com a imagem do cantor, um dos maiores nomes da música sertaneja no Brasil.
Segundo a polícia, na ida para a Grécia, o casal pegou carona no avião do cantor. Já no retorno ao Brasil, Gusttavo chegou sem eles. A suspeita é de que o casal — então foragido — teria desembarcado antes, na Espanha.
Foi a suposta ajuda a foragidos que motivou a decretação da prisão de Gusttavo Lima, em 16 de setembro. A decisão caiu, em segunda instância, menos de 24 horas depois.
Fonte: Maurílio Júnior
Créditos: Polêmica Paraíba