Com os frequentes casos de roubos e furtos existentes no dia a dia do brasileiro, é muito comum que a primeira atitude de uma pessoa vítima de um assalto seja tentar localizar seu aparelho celular, o que na maioria das vezes já não funciona mais, devido as expertises dos bandidos que rapidamente desativam a localização do aparelho.
Pensando nisso, o site de tecnologia TechTudo mostrou como é possível rastrear o aparelho por meio de aplicativos espiões, redes Wi-Fi públicas e até o tradicional e comumente usado Bluetooth.
Confira abaixo cinco formas de rastrear seu smartphone em caso de perda ou roubo:
1. Torres de operadoras de telefonia
Quando o aparelho está ligado e conectado a uma rede móvel, a comunicação é feita por torres de telefonia próximas. Funciona assim: os sinais de rádio são transmitidos livremente entre essas torres, que, por sua vez, transmitem sinais de rádio para estabelecer a conexão do dispositivo à rede de telefonia. Através desse processo elas conseguem registrar informações, e também descobrir a localização aproximada do celular.
Mesmo com os serviços de localização desligados, esses dados continuam sendo transmitidos, já que precisam apenas do celular ligado e em uso. Esse método é conhecido como “triangulação de torres de celular”, que combina dados de localização de três ou mais torres.
2. Redes Wi-Fi públicas
As redes Wi-Fi públicas são muito úteis quando você não pode dispor dos dados móveis, mas também podem representar um inconveniente quando o assunto é privacidade em segurança. Quase sempre presentes em shoppings, aeroportos, cafés e supermercados, algumas dessas redes pedem que o usuário que está se conectando concorde com o rastreamento da localização. Feito isso, o provedor registra a localização do aparelho sempre que ele estiver ao alcance de um de seus pontos de acesso.
Se, mesmo ciente dos riscos, você optar por continuar se conectando a redes públicas, uma boa dica é usar uma conexão VPN. Essa tecnologia oculta o endereço IP original do dispositivo e fornece um novo endereço IP, o que pode ajudar a proteger a privacidade do usuário e evitar que terceiros monitorem a atividade na Internet. Além disso, os dados trocados durante a navegação são protegidos por criptografia, fornecendo mais segurança.
3. StingRays
Os StingRays são aparelhos de vigilância usados para monitorar e interceptar informações de aparelhos móveis. Adotados comumente por agências governamentais, esses dispositivos basicamente enganam o celular, fazendo-o se conectar a eles em vez de se conectarem a torres de celular legítimas. Os StingRays, inclusive, podem transmitir um sinal mais forte do que as próprias torres de celular.
É graças a esse forte sinal que até mesmo os celulares que não estão sob vigilância podem ter os dados interceptados, já que os StingRays atuam em um determinado alcance geográfico. Eles são capazes até mesmo de pegar informações do IMSI e do IMEI do aparelho, quando este está conectado.
4. Rastreamento de ativos Bluetooth
Outra ferramenta que pode ser usada para rastrear celulares é o Bluetooth. Além de permitir a transferência de dados entre dispositivos eletrônicos sem fio, a tecnologia também permite localizar aparelhos. Esse tipo de rastreamento funciona detectando e registrando o endereço MAC (Media Access Control) exclusivo do smartphone, ou seja, o identificador numérico que é atribuído ao dispositivo e usado como endereço físico em uma rede local.
Um exemplo de rastreamento por Bluetooth é quando lojistas usam beacons para monitorar o comportamento do cliente em seu estabelecimento e enviar anúncios direcionados para o seu celular. É importante ressaltar que essa tecnologia funciona com alcance limitado, com média de dez metros de distância.
5. Spywares
Spywares são aplicativos espiões projetados para coletar informações pessoais e monitorar as atividades do usuário no smartphone. Eles são capazes de recolher dados bancários de login, informações sobre localização e comunicação pessoal, incluindo chamadas e mensagens de texto. Por agirem de forma silenciosa, esses programas podem ser um dos malwares mais difíceis de detectar. Em geral, a infecção ocorre por meio de downloads de arquivos maliciosos incorporados a e-mails de phishing ou sites fraudulentos.
Para se proteger dos spywares e evitar ter o celular rastreado, mantenha as atualizações de segurança do smartphone em dia e utilize um antivírus confiável. Além disso, não faça download de qualquer arquivo ou programa de fonte desconhecida e evite clicar em links suspeitos, mesmo que eles tenham sido enviados por pessoas de confiança.
Com informações de McAfee e Make Use Of
Fonte: Adriany Santos
Créditos: Polêmica Paraíba