Apesar de toda a segurança garantida pelo WhatsApp para bloquear invasões, uma quadrilha brasileira conseguiu criar um golpe que consegue clonar contas com o objetivo de pedir dinheiro a amigos e familiares da pessoa clonada. O golpe foi apresentado em uma reportagem exibida pelo programa “Fantástico”, da TV Globo, neste domingo (12).
Segundo a reportagem, funcionários de operadoras de telefonia participavam do esquema. Eles derrubavam o sinal de celular da vítima e colocavam o número dela em outro chip, que ficava em outro aparelho. Daí ligavam o sinal de novo, configuram o WhatsApp nesse outro celular, baixavam o backup de mensagens antigas e se passavam pela pessoa para pedir dinheiro aos contatos via transferência bancária.
O golpe já aconteceu em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraíba, Maranhão e Distrito Federal. Um empresário de Porto Alegre teve prejuízo de R$ 100 mil quando foi clonado –o golpista pediu várias transferências e até pagamento de contas pessoais à sua secretária.
Em julho do ano passado, a Polícia Civil do Maranhão desarticulou uma quadrilha que praticava esse tipo de golpe. Entre os seis presos, estava um funcionário de uma loja da Vivo que tirava do ar os celulares das vítimas para habilitá-los nos chips dos golpistas.
A Delegacia de Crimes de Informática de Porto Alegre trabalha com a hipótese de que os fraudadores podem ser os mesmos suspeitos do golpe no Rio Grande do Sul, pois a maioria das transferências feitas no Estado foi para contas bancárias do Maranhão e os detidos na operação do ano passado estão atualmente à solta.
Por meio de nota, a operadora de telefonia celular Vivo disse ao “Fantástico” que “os casos mencionados se encontram em apuração interna e que trata com o rigor da lei quaisquer possíveis desvios, seja de seus colaboradores ou de terceiros. A Vivo mantém em sua página na Internet orientações para a prevenção de fraudes e orienta, como medida preventiva, que em situações suspeitas o cliente confirme a veracidade das informações com o solicitante utilizando outros meios de contato”.
Fonte: UOL