Tecnologia

Política criada para facilitar acesso à internet é desconhecida da população

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Apenas um terço dos potenciais beneficiários do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) já ouviu falar dessa política pública, lançada em 2010 e cujo objetivo é levar para 35 milhões de famílias acesso rápido à internet, a um preço máximo de R$ 35. Essa é uma das conclusões de pesquisa do DataSenado, que investigou a qualidade dos serviços de banda larga.

Mesmo entre as pessoas que já ouviram falar no assunto, é quase nulo o interesse demonstrado pelo programa: 98% nunca tentaram contratar um serviço de acesso por meio do PNBL.

O DataSenado ouviu 809 pessoas, residentes em todos os estados à exceção das capitais, entre os dias 29 de outubro a 12 de novembro. O objetivo da amostragem é conhecer a opinião dos moradores de cidades onde é mais precário o acesso à internet, exatamente o público-alvo do PNBL.

– Os resultados são um indício de que o programa poderia ser ampliado e de que aparentemente há necessidade de maior divulgação – avaliou o estatístico do DataSenado Marcos Oliveira.

A pesquisa também mostrou que há desníveis regionais no acesso à internet, em grande parte motivados por dificuldades financeiras e de infraestrutura. Apenas 11% dos pesquisados na Região Sul declararam não ter internet em casa; número que sobe para 43% na Região Norte.

Quando perguntados sobre as razões que os levam a não ter acesso à internet, mais da metade dos entrevistados apresentam motivos relacionados com a falta de dinheiro: 28% dizem não terem computador e 23% não têm condições de pagar pelo acesso. E para 26% a razão é o simples fato de que o serviço não está disponível nos locais onde moram.

Mesmo entre as pessoas que têm acesso à internet (78% dos entrevistados) é grande a desinformação sobre os serviços pelos quais pagam. Quase um terço (29%) sequer sabem a velocidade contratada.

A qualidade dos serviços somente é considerada satisfatória para 27% dos entrevistados com internet. O principal problema apontado é a estabilidade da conexão (60 % de regular, ruim ou péssima) e a velocidade da transmissão de dados (soma de 58%).

Fonte: Agência Senado