Ainda são poucos os usuários do 4G no mundo, 346 milhões, e no Brasil ainda menos, 3,7 milhões. Mas a o setor de telecomunicação já começa a planejar a próxima geração de redes móveis. A alta velocidade já alcançada em testes realizados pela Samsung – taxas de 7,5 Gbps – é apenas um dos fatores do chamado 5G, previsto para começar a ser implantado a partir de 2020.
O presidente da 4G Americas, que representa 18 das principais empresas de telecomunicação no continente, disse que este é o momento de discutir as tecnologias e definir os padrões para regulamentar e planejar o lançamento no ano previsto. Para ele velocidade e capacidade são apenas duas das dimensões a serem debatidas em relação às mudanças que estão por vir.
Para o vice-presidente da At&T, Kris Rinne, o maior desafio é fazer as redes 5G ter capacidade de suportar o tráfego de dados que deve aumentar entre mil e 5 mil vezes o que existe hoje. Isso por conta do número de dispositivos que passarão a estar conectados. Vários objetos, além dos já tradicionais, estarão conectados à internet, a chamada “Internet das Coisas”. Para ele passará a existir cidades inteligentes e a rede deverá suportar a realidade virtual.
Isso levanta outro desafio: a cobertura. Com mais objetos conectados, cada antena deverá suportar um número maior de conexões sem afetar a qualidade do serviço. As mudanças prometidas pelo 5G são tão profundas que cientistas prenunciam o surgimento da World Wide Wireless Web (WWWW, em referência à World Wide Web), com capacidades de rede móveis tão potentes ou até superiores às ofertadas para desktop