Mark Zuckerberg enfrenta mais uma polêmica envolvendo o Facebook e suas atitudes em relação à política de remoção de conteúdo na rede social. Dessa vez, boatos de que o empresário possuía um acordo com o presidente dos Estados Unidos Donald Trump vieram à tona, ao que Zuckerberg respondeu prontamente que a ideia era “ridícula”, em entrevista ao site americano Axios.
O presidente executivo do Facebook tem sido muito criticado pela complacência com as publicações de Trump, que já utilizou a rede social para compartilhar mensagens de críticas aos protestos a favor dos direitos civis e com desinformações sobre o coronavírus. Pressionado por integrantes de movimentos sociais, Zuckerberg afirmou, em maio deste ano, que não era “árbitro da verdade” e manteve publicações consideradas odiosas do presidente dos EUA.
Perguntado se tinha algum tipo de acordo com Trump, Zuckerberg disse que pensar em algo do tipo é ridículo e que sempre conversou com lideranças políticas, como faz com o atual presidente.
“Eu falo com o presidente de tempos em tempos, assim como falamos com nosso último presidente e líderes políticos em todo o mundo. Sob esse governo, enfrentamos multas recorde de US$ 5 bilhões, estamos sob investigação antitruste de várias agências e foram alvo de uma ordem executiva para retirar as proteções na Seção 230”, afirmou.
Os rumores surgiram após alguns encontros entre o empresário e Trump, inclusive um jantar na Casa Branca, além da continuidade das publicações de Trump na rede social. Zuckerberg, porém, negou que haja qualquer tipo de relação mais próxima entre eles, que pudesse apontar algum benefício nas políticas do Facebook.
“Aceitei o convite para jantar porque estava na cidade e ele é o presidente dos Estados Unidos”, disse Zuckerberg. “Pelo que vale, eu também tive várias refeições e reuniões com o presidente Obama, tanto na Casa Branca quanto fora dela, incluindo a realização de um evento para ele na sede do Facebook. O fato de eu ter encontrado um chefe de Estado não deve surpreender e não sugere que tenhamos algum tipo de acordo”.
O Facebook tem enfrentando um boicote publicitário desde o começo de julho que já abrange mais de 1 mil empresas, liderados pelo movimento Stop Hate For Profit, que visa pressionar Zuckerberg e a rede social para mudar as políticas de remoção de conteúdo de ódio e desinformação.
Fonte: Estadão
Créditos: Estadão