O WhatsApp liberou uma função que permite criar link para os grupos do mensageiro, em 2016. Dessa forma, os interessados poderiam compartilhar o endereço em outras plataformas, como posts do Instagram ou páginas do Facebook. Desde o lançamento, o número de comunidades coletivas para música, paquera, maquiagem, emojis e diversos outros temas aumentaram no serviço para celulares Android e iPhone (iOS), além das versões para PC e web. Em paralelo, surgiram softwares como o Zap Grupos e Grupos para WhatsApp, programas capazes de encontrar grupos na plataforma de mensagens instantâneas.
Com a capacidade total de 256 pessoas, os chats abertos reúnem pessoas desconhecidas na maioria dos casos. De acordo com a empresa de segurança Panda Security, esse cenário pode oferecer riscos à segurança das informações dos participantes, que ficam expostos a brechas de privacidade. Veja abaixo três razões principais para evitar esse tipo de grupo do WhatsApp – descoberto via link e compartilhado por aplicativo e páginas da Internet.
Grupos abertos de WhatsApp podem oferecer perigo aos membros — Foto: Thássius Veloso/TechTudo
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Segurança
Uma sensibilidade desses grupos está na segurança, ironicamente impulsionada pela criptografia de ponta a ponta do WhatsApp. Por causa deste método de proteção é quase impossível vigiar uma conta, o que torna o mensageiro um lugar favorável para que cibercriminosos cometam fraudes. O recurso adotado pelo aplicativo impede a interceptação das mensagens trocadas na plataforma, inclusive pelos desenvolvedores. Dessa maneira, identificar a origem de uma notícia falsa, por exemplo, se torna uma tarefa inviável.
Sob esse panorama, os usuários ficam mais suscetíveis a golpes seja em grupos fechados quanto em chats público. No entanto, este apresenta maior vulnerabilidade pelo fato dos integrantes das conversas não se conhecerem. Com isso, o uso de um perfil falso pode passar despercebido mais facilmente. Outro fator é a quantidade de membros que podem atingir o limite de 256 pessoas. Ao somar esses pontos de fragilidade, hackers podem aproveitar para espalhar correntes maliciosas, golpes e malwares.
Vale lembrar também que os grupos abertos não substituem apps como Tinder e Happn, mesmo que usuários usem as conversas públicas do WhatsApp para paquerar. O mensageiro não foi desenvolvido para essa função e, por isso, não oferece as ferramentas apropriadas para proteger os usuários de stalkers ou assediadores, algo comum em plataformas de encontros.
Compartilhamento de informações pessoais
As extensões e aplicativos que listam links de grupos de WhatsApp – como Zap Grupos e Grupos para WhatsApp – têm acesso a informações sensíveis, como sua localização e número de telefone. O mesmo ocorre com os demais membros do grupo, que podem ver sua foto de perfil e status online. A exposição pode prejudicar a experiência no mensageiro, sobretudo, por não conhecer os perfis capazes de acessar esses dados.
Para piorar, o WhatsApp é propriedade do Facebook, assim como o Instagram, e neste sentido o intercâmbio de conteúdo entre eles pode fazer com que ambas as redes sociais recomendem seu perfil a alguém após conversar com essa pessoa pelo serviço de mensagens instantâneas. Esses dados podem ser usados para diversas práticas indesejadas, desde a observação de um stalker até crimes como extorsão e assédio.
Problemas legais
Outro aspecto fundamental é que os usuários podem ser responsabilizados criminalmente por participar de um grupo com mensagens que desrespeitem a lei, mesmo sem ter enviado ou se manifestado sobre o conteúdo ilegal. A situação foi ressaltada pela advogada Márcia Trevisioli em entrevista ao TechTudo. Em grupos abertos, esse tipo de comportamento costuma ser mais frequente do que nos chats privados – destinados aos amigos, colegas de trabalho e família.
Fonte: techtudo
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