A proteção dos dados do usuário continua sendo um desafio gigante para o Facebook e o Telegram. Nos últimos dias, foi a vez do WhatsApp, que pertence ao grupo de Mark Zuckerberg, apresentar problemas. A Checkpoint Research, empresa israelense de segurança virtual, detectou uma falha no aplicativo que permitiria o acesso de hackers ao conteúdo das mensagens.
A descoberta foi anunciada durante a conferência Black Hat, realizada na quarta-feira, dia 7, na cidade de Las Vegas. O erro na programação abriria uma porta para que terceiros interceptem as mensagens antes de elas seguirem aos seus destinatários. Eles teriam, então, liberdade não apenas para bloquear o envio, como também manipular as palavras e imagens, disseminando informações falsas.
No evento, a Checkpoint Research descreveu outras ações fraudulentas. Uma delas seria o invasor, ao se passar pelo remetente, conquistar a confiança de parte dos contatos e, assim, na base da conversa, obter números, senhas, contas e demais dados sigilosos.
“Durante o processo, revelamos novas vulnerabilidades que podem permitir que criminosos interceptem e manipulem as mensagens enviadas em conversas privadas e em grupo, dando a eles um poder imenso de criar e disseminar informações erradas, mesmo que se pareçam de fontes confiáveis”, explicou um dos pesquisadores da Checkpoint, em matéria publicada no portal Threatpost.
Em nota divulgada pela Época Negócios, o Facebook se pronunciou sobre o assunto. “Nós cautelosamente revisamos essa questão há um ano e é falso sugerir que há vulnerabilidade com a segurança que provemos ao WhatsApp. O cenário descrito aqui é meramente o equivalente móvel de alterar respostas em uma corrente de e-mail para fazer parecer algo que a pessoa não escreveu. Precisamos estar cientes de que atender a essas preocupações levantadas por esses pesquisadores poderia tornar o WhatsApp menos privado – como armazenar informação sobre a origem das mensagens.”
Fonte: Uai
Créditos: Uai