Ressarcimento

Bolsa de criptomoedas japonesa devolverá dinheiro para clientes afetados durante ataque hacker

A bolsa de criptomoedas com sede em Tóquio Coincheck Inc. disse neste domingo (28) que irá devolver cerca de 46,3 bilhões de ienes (US$ 425 milhões) que perdeu para hackers há dois dias, em um dos maiores roubos de dinheiro virtual na história.

Bolsa de criptomoedas japonesa devolverá dinheiro para clientes afetados durante ataque hacker

A bolsa de criptomoedas com sede em Tóquio Coincheck Inc. disse neste domingo (28) que irá devolver cerca de 46,3 bilhões de ienes (US$ 425 milhões) que perdeu para hackers há dois dias, em um dos maiores roubos de dinheiro virtual na história. O NEM é a 10ª criptomoeda em maior valor de mercado no mundo.

O montante representa quase 90% dos 58 bilhões de ienes em moedas NEM que a companhia perdeu em um ataque que a forçou a suspender na sexta-feira (26) os saques de todas criptomoedas, exceto bitcoin.

A Coincheck disse em um comunicado que irá devolver os recursos a cerca de 260 mil donos de moedas NEM em ienes japoneses, mas que ainda trabalha para definir quando e como isso será feito.

O roubo evidencia preocupações de segurança e regulação quanto ao bitcoin e outras moedas virtuais, mesmo em meio a um boom global das criptomoedas que ainda dá poucos sinais de que possa enfraquecer.

Duas fontes com conhecimento direto do assunto disseram que a Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) enviou uma notificação às cerca de 30 empresas que operam bolsas de moedas virtuais no país com um alerta sobre a possibilidade de novos cyber-ataques e exigindo que elas aumentem a segurança.
O regulador financeiro também está considerando punições adminstrativas à Coincheck sob as leis financeiras do país, disse uma das fontes.

O Japão começou a exigir que operadores de bolsas de criptomoedas se registrem junto ao governo apenas em abril de 2017. Operadores que então já existiam, como a Coincheck, foram autorizados a continuar a oferecer seus serviços enquanto aguardavam aprovação. O pedido da Coincheck, submetido em setembro, ainda está pendente.

A Coincheck disse na sexta-feira em uma coletiva de imprensa que suas moedas NEM estavam armazenadas em uma carteira “quente”, ao invés das chamdas carteiras “frias”, fora da internet. Ao ser questionado sobre a decisão, o presidente da companhia, Koichiro Wada, citou dificuldades técnicas e uma falta de pessoal capacitado para lidar com elas.

Em 2014, a Mt. Gox, com sede em Tóquio, que chegou a responder por 80% das negociações globais de bitcoin, pediu falência após perder cerca de meio bilhão de dólares em bitcoins.
Mais recentemente, a bolsa de criptomoeadas Youbit, da Coreia do Sul, fechou e entrou com pedido de falência após ser hackeada duas vezes no ano passado.

Fonte: G1
Créditos: G1