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Vírus ‘comedor de ânus’ assusta e causa polêmica - ENTENDA

Foto: Reprodução
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Uma notícia que ganhou notoriedade esta semana vem assustando e causando desinformação.

Uma doença denominada como “vírus comedor de ânus”, vem se espalhando no Japão, gerando um alerta na comunidade local. Até o presente momento, mais de 940 casos foram confirmados nos dois primeiros meses do ano e as estimativas é que esse número se acentue.

No entanto, não se trata de um vírus e sim uma bactéria, conhecida como Streptococcus pyogenes ou estreptococo do grupo A. Ela pode causar faringite, amigdalite ou doenças mais graves como escarlatina, febre reumática e a síndrome do choque tóxico. A doença atua se proliferando na garganta, pele, ânus e órgãos genitais.

O que preocupa a comunidade médica é a sua alta taxa de mortalidade dos infectados que chega a 30%. A bactéria está naturalmente presente na boca, garganta e sistema respiratório, não causando doença. Em contrapartida, pode ser facilmente transmitida de pessoa para pessoa por meio do compartilhamento de talheres, secreções ou por meio de espirros e tosse, por exemplo, havendo maior facilidade de se desenvolver e causar uma infecção.

Sintomas

Os sintomas da infecção variam de acordo com o local que a bactéria está presente, havendo principalmente manifestações na pele e que envolvem a garganta. O tratamento para a infecção pelo estreptococo do grupo A deve ser feito com antibióticos, de acordo com a orientação do médico, e, em alguns casos, pode ser indicada a realização de cirurgia.

Na maioria das vezes, os sintomas são leves: dor de garganta ou infecção de pele. Em sua forma mais grave, como a que circula no Japão, pode causar pressão baixa, disfunção de órgãos, manchas no corpo e descamação.

Existe uma vacina?

Não. A melhor forma de combater a infecção é fazer o diagnóstico no tempo adequado e tomar os antibióticos prescritos pelo médico. As principais formas de prevenção envolvem os cuidados básicos de higiene, como lavar bem as mãos, cobrir o nariz e a boca durante tosses e espirros e não compartilhar objetos de uso pessoal com alguém que está infectado.