Ao que parece, o simples ato de tirar uma selfie está se tornando cada vez mais perigoso. Além de matar mais que ataques de tubarão, a prática agora também tem aumentado a transmissão de piolhos entre crianças. Ao menos é o que indica um estudo feito pela Oxford University Hospitals NHS Foundation Trust.
Avaliando o comportamento de 200 jovens, os pesquisadores os separaram em dois grupos: um que não usava tablets ou celulares e outro que fazia uso dos dispositivos. Ao analisar a porcentagem dos que indivíduos que haviam tido piolho, foi observado que 29,5% do grupo 1 sofreu com o problema, contra 62,5% do segundo grupo.
Assim, chegaram a conclusão de que a utilização dos aparelhos torna os jovens duas vezes mais propensos a terem piolhos. “Isso por que, na hora de tirar uma foto, é comum que as crianças e adolescentes se reúnam muito próximos uns aos outros e essa proximidade facilita a transmissão do inseto entre as cabeças”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
O estudo também apontou um crescimento das infestações nos últimos cinco anos. O número é 22 vezes maior que as estimativas anteriores, quando apenas 2% a 8% da população infantil teve a doença. “É claro que não se pode dizer que smartphones e selfies são a única causa para o aumento na incidência de piolhos em crianças. Podem sim existir outras razões. Mas também não se pode negar que há uma ligação entre esses dois fatores”, aponta a dermatologista.
Como prevenção, Paola recomenda a proibição do uso dos aparelhos ao primeiro sinal de surto de piolhos nos ambientes frequentados pela criança.
“É muito difícil lidar com piolhos, tanto para os pais quanto para as crianças. Sendo assim, é fundamental entendermos como essas pequenas criaturas se espalham. Afinal, é melhor prevenir do que remediar, principalmente quando os tratamentos mais comuns para os piolhos incluem o famoso e dolorido pente fino e remédios aos quais essas pequenas criaturas estão cada vez mais resistentes.”
Fonte: Claudia Abril
Créditos: Claudia Abril