Uma pesquisa considerada revolucionária está pondo em xeque muito do que defende a teoria da evolução das espécies, de Charles Darwin. Durante a última década, centenas de cientistas vêm coletando “códigos de barra de DNA” de aproximadamente 100.000 espécies de animais em diferentes partes do planeta.
Existe um banco de dados chamado de GenBank com cerca de 5 milhões desses códigos. O doutor Mark Young Stoeckle do Programa para o Ambiente Humano na Universidade Rockefeller (EUA) e o geneticista David Solomon Thaler, da Universidade de Basel (Suíça) analisaram todos esses dados para chegarem a uma das descobertas mais surpreendentes dos últimos tempos.
Esse imenso estudo genético aponta que todos os seres humanos descendem de um mesmo casal, que teria vivido entre 100 e 200 mil anos atrás. Os cientistas também descobriram que 90% das espécies de animais conhecidas surgiram ao mesmo tempo que os humanos. Isso ocorreu após um “evento catastrófico” não identificado, que quase dizimou toda a vida animal há milhares de anos.
“Essa conclusão é muito surpreendente e eu lutei contra ela o máximo que pude”, admite Thaler à AFP. O estudo foi publicado na revista científica Human Evolution.
O Dr Stoeckle disse ainda que “No momento em que os humanos colocam tanta ênfase nas diferenças individuais e de grupo, talvez devêssemos passar mais tempo olhando para o quanto nos parecemos uns com os outros”.
Códigos de barra de DNA
Chamados de “códigos de barras”, os dados em questão são trechos de DNA que residem fora do núcleo das células. São impressões genéticas codificadas de uma maneira que podem ser “lidas e interpretadas” por computadores.
Existem dois tipos de DNA. O mais conhecido é o chamado DNA nuclear, que apresenta um esquema genético único para cada indivíduo. Ele é transmitido dos pais para os filhos.
O outro tipo de DNA é aquele encontrado na mitocôndria das células. Todas as espécies têm um DNA mitocondrial muito similar, embora seu DNA seja suficientemente diferente para distinguir entre as espécies.
É na mitocôndria que se encontra o “gene COI”, usado para criar os códigos de barra de DNA. A técnica foi desenvolvida por Paul Hebert, diretor do Instituto de Biodiversidade de Ontário (Canadá).
Fonte: Gospel prime
Créditos: Gospel prime