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Padre canta ‘Baianidade Nagô’ em missa e vídeo viraliza; VEJA VÍDEO

Em uma missa na Igreja Rosário dos Pretos, no Pelourinho, em Salvador, o padre Lázaro Muniz foi filmado puxando um coro de fiéis e balançando todo o recinto “ao negro toque do agogô”.

imagem: reprodução/twitter

Tão conhecido no som da Banda Mel, o clássico de Carnaval “Baianidade Nagô” ganhou repercussão ao ser cantado por uma outra voz. Em uma missa na Igreja Rosário dos Pretos, no Pelourinho, em Salvador, o padre Lázaro Muniz foi filmado puxando um coro de fiéis e balançando todo o recinto “ao negro toque do agogô”.

Apesar do vídeo ter pego muitos de surpresa, o próprio padre conta que a inclusão de ritmos diversos já é rotineira em suas missas, realizadas sempre às terças. “Sou padre há 25 anos e tenho uma trajetória na linha do diálogo inter-religioso e do combate ao racismo. Então costumamos trazer para as celebrações elementos que ajudam a refletir a partir de uma linguagem em que o povo está inserido. Na proximidade do Carnaval, trouxemos algumas canções do Carnaval”, contou ele.

O padre também costuma levar MPB e poesia como elementos para as missas. Na missa da última terça, antes da quaresma e no contexto de pré-Carnaval, ele utilizou o trecho do evangelho em que Jesus chama atenção para o “fermento dos fariseus”, referenciado na Bíblia no livro de Mateus, que diz respeito à hipocrisia e ao pecado. “Pensamos em como transformar o Carnaval em um lugar de cuidado, respeito, para evitar violência e intriga. E fazer do Carnaval uma grande festa, como diz a canção. Festejar a vida, o amor e a paz”, comentou.

Ele garantiu ainda que a maioria dos fiéis se agradam com suas missas, mas que está ciente que alguns podem não gostar do tipo de abordagem. “Certamente não tive intenção de ferir a fé cristã, no qual creio firmemente. Mas isso serve como termômetro, ver que as pessoas conhecem mais músicas populares do que religiosas, e esses elementos nos ajudam no processo de evangelização. É uma mensagem de respeito, que é valiosa”, defendeu.

 

Fonte: IG
Créditos: IG