Uma mulher de 35 anos entrou nesta semana com um processo na Justiça alegando negligência médica, entre outras reivindicações, depois de descobrir que o ginecologista com quem ela se consultava havia nove anos é o seu pai biológico.
Na ação, Morgan Hellquist disse que foi concebida por inseminação artificial e nunca havia conhecido o seu pai biológico, mas sabia que o seu ginecologista Morris Wortman facilitara a fecundação artificial da sua mãe. Era muito mais do que isso.
Na família de Morgan, dizia-se que a inseminação envolvia o esperma de um estudante de Medicina, mas, durante uma consulta em abril, a americana começou a se perguntar se Morris poderia ser seu pai verdadeiro.
O processo afirma que, enquanto Morris realizava um ultrassom vaginal em Morgan durante a consulta, ele pediu a ela que tirasse a máscara e convidou a sua esposa para uma reunião com a paciente para que ela pudesse olhar as suas feições, relata o “Washington Post”.
No mês seguinte, um teste de DNA apontou que Morgan, que nasceu em setembro de 1985, era filha biológica de Wortman, radicado em Rochester (Nova York, EUA). Morgan ficou em choque.
A mãe de Morgan decidiu se submeter à inseminação artificial no início dos anos 1980, depois que o pai não biológico de Morgan foi atropelado por um motorista bêbado e ficou paralisado da cintura para baixo.
A família afirmou que o doador precisava ter um histórico médico “limpo”, bem como uma herança genética do norte da Europa que correspondesse à da família. Após várias tentativas fracassadas de inseminação artificial, a mãe engravidou em 1985.
Morgan foi informada sobre sua concepção artificial em 1993, com seus pais também elogiando Morris como um médico talentoso. Como ela cresceu e teve os seus próprios filhos, Morgan manteve a afinidade com Morris, diz o processo, bem como iniciou a busca por seu pai, o que resultou na descoberta de seis meio-irmãos. O esperma do médico foi usado para a produção de bebês em série.
Se Morgan soubesse que ela era filha de Morris, de acordo com o processo, ela “nunca poderia consentir em ser paciente em seu consultório ginecológico”.
A paciente está processando Morris por negligência médica, falta de consentimento, agressão, fraude e imposição de sofrimento emocional, alegando que Morris dissera à mãe de Morgan que o esperma que ele usara na inseminação era de um estudante de Medicina quando ele sabia que era o seu, e, no entanto, tratou da filha normalmente. A americana alega ter desenvolvido transtorno bipolar.
Fonte: Extra
Créditos: Extra