Um menino nasceu com dois pênis, apresentando uma rara anomalia chamada difalia, e passou por cirurgia, em São Paulo, para remover um deles, aos 2 anos de idade.
Tal condição pode ser observada de três modos: apenas a duplicação da glande, a difália bífida e a difália completa (dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso para cada pênis). No caso em questão, cada pênis apresentava apenas um corpo cavernoso e a decisão foi baseada na permeabilidade uretral.
Segundo o registro médico, publicado no periódico científico “Journal of Pediatric Urology”, a criança tinha duplicação peniana completa, mas com um órgão maior do que o outro. O estudo foi recebido em outubro de 2021, revisado em fevereiro deste ano, e disponibilizado online em março.
Como o exame das vias urinárias baixas pelo pênis direito identificou um ponto de encontro na uretra bulbar, foi realizada a modificação genital no pênis esquerdo para inserir o aparelho necessário (no caso, o cistoscópio), identificando, desta forma, a uretra de terminação cega. Por fim, a equipe decidiu remover o pênis esquerdo, que era um pouco maior do que o direito.
“O tratamento deve ser sempre planejado individualmente, considerando as anomalias associadas, com o objetivo de obter resultados funcionais e estéticos satisfatórios”, afirmaram os médicos no estudo.
Conforme descreveram, a ressonância magnética nuclear sugeriu um corpo corporal para cada pênis e a cistouretrografia miccional mostrou uretra normal no pênis direito e estenose na uretra glandular e peniana média do pênis esquerdo.
“Observou-se uma confluência em Y para a uretra bulbar, confirmando apenas uma próstata e bexiga”, diz trecho do artigo.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: O Globo