O padre queniano Pai Ogalo vivia uma rotina dupla aos domingos. Durante uma parte do dia, ele usava os trajes tradicionais para missas na igreja católica de Santa Mônica, no sudoeste do Quênia. Depois, Ogalo trocava a batina por um shorts, uma camiseta e uma bandana vermelha na cabeça, e passava a cuspir rimas para entreter sua congregação.
Em entrevista a um veículo local, Ogalo disse que o estilo nada convencional foi adotado em uma tentativa de trazer “os mais jovens para perto da igreja” e passar a mensagem contra o uso abusivo de drogas de maneira mais convincente.
Contudo, os chefes de Ogalo não concordaram com seus métodos. Falando com a emissora CNN, o bispo Philip Anyolo, que lidera a diocese no condado de Migori, onde Pai Ogalo serve, confirmou que o padre foi suspenso da liderança das atividades da igreja local. “O uso do rap não é permitido durante as rezas”, disse Anyolo. “O padre recebeu uma suspensão de um ano para que ele possa refletir antes de voltar para a igreja.”
Ogalo, que aparecia constantemente na TV local e fazia entrevistas em rádios, era visto como uma nova face da Igreja Católica no país — de acordo com a Conferência Queniana de Bispos Católicos, o Quênia tem 7,5 milhões de católicos batizados. Segundo um professor de uma universidade católica do país, o conteúdo revolucionário e africano nas mensagens de Ogalo assustou a administração local.
Fonte: Revista Super
Créditos: Revista Super