O evento sobre crimes “Death Becomes Us”, em Washington (EUA), teve nesta semana como principais atrações duas americanas que estiveram envolvidas em crimes de grande repercussão: Amanda Knox e Lorena Bobbitt. Elas foram relatar a luta na Justiça pela absolvição e se tornaram amigas. Amanda e Lorena reclamaram de terem sido “humilhadas e vilanizadas” durante os dois casos, que ganharam grande cobertura da imprensa.
Amanda Knox
Amanda foi presa em 6 de novembro de 2007, em Perugia (Itália), pela morte da britânica Meredith Kercher, de 21 anos. Ela foi encontrada morta, cinco dias antes, no seu quarto na casa onde morava com mais três jovens (Amanda e duas italianas Filomena Romanelli e Laura Mezzetti). Meredith foi degolada e apresentava marcas de violência sexual.
Na cena do crime, a polícia encontrou Amanda e o namorado, Raffaele Sollecito, um pequeno traficante de drogas. Amanda alegou que havia passado a noite na casa de Raffaele e voltado para a sua casa para pegar roupas quando viu o corpo da vítima. O namorado teria ido à residência a pedido dela. Chamou atenção da polícia o fato de Amanda e Raffaele se manterem calmos e trocando carícias enquanto a perícia era realizada.
A opinião pública condenou previamente Amanda, chamada de libertina, promíscua e adepta de orgias. O golpe final veio quando a polícia encontrou na casa de Raffaele uma faca que continha no cabo o DNA de Amanda e na lâmina, o DNA de Meredith.
Amanda e o namorado ficaram presos até 27 de março de 2015, quando a Suprema Corte italiana absolveu o casal das acusações e determinou o encerramento do caso.
Finalmente, em 27 de março de 2015 a mais alta Corte Italiana absolveu o casal das acusações e determinou o encerramento do caso. A absolvição se baseou em falhas nas investigações realizadas pela polícia italiana.
Peritos apontaram que a quantidade de material genético encontrado na faca que continha o DNA de Amanda se mostrou insuficiente para provar que havia também o DNA de Meredith. Além disso, os advogados de defesa argumentaram que o veredicto inicial foi fortemente influenciado por uma “cobertura parcial” da imprensa.
Mesmo após a absolvição de Amanda e Raffaele, o caso não foi desvendado por completo. Muitos ainda suspeitam do casal.
Lorena Bobbitt
A manicure venezuelana naturalizada americana decepou o pênis do marido, John Wayne Bobbitt, enquanto ele dormia, em 23 de junho de 1993. O episódio ocorreu na cidade de Manassas (Virginia, EUA). Lorena, então com 24 anos, usou uma faca para cortar o pênis do marido, com quem estava casada havia quatro anos. Ela fugiu de casa de carro e, para se concentrar na direção, jogou o membro do marido pela janela.
A polícia encontrou o pênis decepado, que ainda estava em condições de ser reimplantado. Após a cirurgia, John Wayne se recuperou e virou ator pornô.
Os dois foram a julgamento. Lorena, por agressão violenta; John Wayne, por violência doméstica. A manicure alegara que a medida extrema fora executada como resposta a um histórico de violência sofrida por ela, incluindo estupro. Os dois foram absolvidos.
O veredicto apontou insanidade temporária de Lorena, que ficou internada em um hospital psiquiátrico por 45 dias.
John Wayne foi preso duas vezes, em 2003 e 2004, por agressão contra suas companheiras – entre elas uma ex-stripper de 21 anos.
Fonte: Extra
Créditos: Extra