Clímax

Dia do Orgasmo: veja 22 fatos que você não deve saber (mas acha que sim) sobre o prazer feminino

O assunto é um dos que mais gera curiosidade entre as pessoas quando se fala em sexo. E tem muita gente que acha que entende tudo sobre...

Nesta terça-feira, 31 de julho, é celebrado o Dia do Orgasmo. O assunto é um dos que mais gera curiosidade entre as pessoas quando se fala em sexo. E tem muita gente que acha que entende tudo sobre o clímax feminino. Ou pelo menos diz que sim.

A ciência já fez muitas pesquisas sobre o tema. Mas não tem tanto mistério assim. A sexóloga Jaqueline Brendler lista alguns pontos que considera fundamentais, mas que às vezes são ignorados: as mulheres devem ser responsáveis pelo próprio prazer e não podem colocar a expectativa apenas no parceiro ou na parceira.

Para isso, precisam ser estimuladas a conhecerem o próprio corpo desde cedo, para saberem do que gostam (e do que não gostam também) e aprender como chegar lá. Ah! E elas são capazes de gozar sozinhas, sim!

Veja 5 fatos como esse, que talvez você ainda não saiba, sobre o clímax feminino:

É raro, mas é (muito) possível

O orgasmo pode ser considerado o ápice da relação sexual, certo? Mas nem sempre ele acontece, especialmente entre as mulheres. Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que 55,6% das brasileiras não chegam lá. E mais: tem gente que nuncadescobriu essa sensação.

– Quando se fala em orgasmo, existem várias formas de chegar lá, mas o mais comum ainda é ter dificuldade pra gozar. Existe toda uma questão de repressão social e cultural. O homem conhece sua sexualidade bem mais cedo, ainda adolescente, sendo estimulado a se masturbar. A mulher nem sempre tem experiência com próprio corpo por uma série de fatores – pondera a sexóloga.

Eis a importância de conhecer a si mesma para tornar o orgasmo possível.

– Muitas mulheres chegam ao meu consultório sem nunca terem se tocado. Não sabem do que gostam, não conhecem seu corpo, não descobriram quais são suas zonas erógenas mais prazerosas e nem como estimulá-las. Não sabem como é a sensação de um orgasmo – acrescenta profissional.

O prazer é todo seu

Dito isso, passamos para a próxima questão: jamais coloque a expectativa do seu prazer no seu parceiro ou parceira. Descubra o que te satisfaz e coloque em prática. O orgasmo depende mais de você do que da pessoa que está contigo.

– O outro (a) não é responsável pelo seu prazer. Essa pessoa pode ajudar , é claro, mas ou atrapalhar também. O que quero dizer é: a mulher é a mais responsável pelo seu orgasmo – frisa a sexóloga.

E você pode chegar lá sozinha! Não precisa de ninguém pra isso.

– Existe a ideia de que a mulher só vai gozar com penetração. Não! Aliás, a mulher tem que ser conhecedora das práticas que mais facilitam para ela chegar ao orgasmo. E ela só vai descobrir isso se tocando. O que eu digo para as minhas pacientes é: nunca é tarde para descobrir esse prazer.

E tem mais: temos vantagens sobre os homens. As mulheres são capazes de ter orgasmos múltiplos, que são picos sucessivos de intenso prazer.

– É o que todo mundo quer. São dois ou mais momentos de intenso prazer durante a mesma transa, que vão diminuindo sucessivamente.

Clitóris e outras partes mais

Nem só de penetração vive o orgasmo. E tem explicação científica para isso. Tudo que é mucosa tem terminações nervosas.

– O ser humano é adaptativo. Dá para erotizar outras partes do corpo. Seios, orelhas, pescoço, pés – comenta.

São várias as possibilidades. A favorita, porém, é o clitóris. Já foi comprovado cientificamente que ele é o melhor caminho para chegar ao clímax.

O clitóris tem cerca de 8 mil terminações nervosas – 4 mil a mais que o pênis. Um estudo publicado no ano passado pela OMGYes (Oh Meu Deus, Sim!, em tradução livre), uma plataforma online cujo objetivo é estudar e compartilhar o conhecimento sobre o prazer feminino, revelou que 66% das participantes disseram que gostam da estimulação direta do clitóris e 45% afirmam gostar de toques ao redor dele.

Bebida alcoólica não vai te ajudar a chegar lá

Muitas pessoas acham que consumir bebida alcoólica num encontro ou antes do sexo vai ajudá-las a relaxar, entrar no clima e ter uma experiência mais prazerosa. Aquela taça de vinho ou de champagne pode, sim, ajudar na redução de inibições, mas se consumido em quantidades exageradas vão dificultar o alcance do orgasmo.

– O álcool é um depressor do sistema nervoso central. Resumidamente, ele é um anestésico. Uma taça de vinho, ou espumante, ou lata de cerveja, pode deixar a pessoa mais desinibida. Mas não vou aconselhar, porque a gente tem que poder transar e ter prazer sem beber.

É tudo coisa da sua cabeça

Pesquisadores e especialistas já revelaram que existe uma ligação concreta entre o cérebro e a região genital feminina. Por ali existe um grande número de terminações nervosas, conectadas a nervos maiores, que enviam impulsos ao cérebro.

– Sempre digo que o orgasmo é uma atividade cerebral. A gente resume que ele é uma sensação máxima de prazer que ocorre no cérebro e que tem repercussão no corpo todo – descreve Jaqueline.

Mulheres são mais sensoriais que os homens, mas precisam estar realmente envolvidas com a prática para dar certo. A sugestão é: pense, mas não tanto. Esqueça, por exemplo, a reunião com o chefe, o compromisso com a família ou que a sua barriga não é como você gostaria.

–  A mulher tem que estar totalmente envolvida com a emoção erótica. Autocrítica e pensamento lógico são proibidos aqui. Por exemplo: ‘Estou demorando demais pra dizer’, ‘preciso acordar cedo amanhã’, ‘tenho que entregar um relatório no trabalho e ainda não terminei’. Se for assim, fica difícil ou praticamente impossível”.

Fonte: Terra
Créditos: Terra