Detentos da penitenciária de Izalco (El Salvador) foram retirados das suas celas e amontoados em um pátio, no último domingo (26/4), após uma série de assassinatos ocorrida em cadeias do país da América Central. A onda de mortes seria consequência da guerra entre gangues rivais.
A medida punitiva não respeitou o distanciamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a pandemia de coronavírus. Muitos detentos não usavam máscara. Usando apenas short ou cueca, os presidiários ficaram com os corpos colados uns nos outros, sem separação por gangue, enquanto era realizada inspeção nas celas.
Só na última sexta-feira (24/4), 23 detentos foram assassinados em cadeias salvadorenhas, contou a AFP. O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, ordenou que os líderes das principais facções do país sejam postos na solitária. Ele decretou estado de emergência nas prisões.
O número de crimes fora das cadeias também disparou na última semana. De acordo com Bukele, os líderes da gangues, conhecidas como maras, ordenaram que os seus seguidores cometam crimes se aproveitando que as forças de segurança estão empenhadas em garantir a quarentena por causa da Covid-19. Em 72 horas, ocorreram ao menos 40 homicídios ligados às maras.
Bukele foi eleito no ano passado com uma plataforma de crescimento econômico e combate à violência em El Salvador, país com um dos piores índices de homicídios do mundo. Mais de 100 mil salvadorenhos tiveram que abandonar as suas casas por causa do crescimento do confronto entre gangues fortemente armadas.
Fonte: Extra
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