Os delegados responsáveis pela investigação do caso do menino autista, de apenas oito anos, que foi espancado e torturado por um casal, em Sorocaba-SP, afirmaram que a situação foi uma das mais chocantes que vivenciaram em suas carreiras.
“Caso bastante triste. Comentamos que foi um dos mais cruéis em toda nossa carreira”, declarou a delegada Ana Luiza Carvalho, ao lado do delegado Fabrício Ballarini, ambos do 4º Distrito Policial.
O casal foi preso na última quarta-feira (17) e confessou o crime, segundo a polícia. Durante o interrogatório, os suspeitos alegaram que agrediram a vítima pois acreditaram que ele queria furtar a câmera de segurança da casa.
O homem foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado, tortura, posse ilegal de arma, por manter cerca de 30 botijões de gás em casa, por pássaros em cativeiro e jogo de azar, já que na residência havia duas máquinas caça-níquel. A mulher, segundo a polícia, é coautora dos crimes.
O caso
O homem, de nome João e a esposa, de nome Valdenice, estavam em casa monitorando o sistema de segurança quando o menino autista apareceu e mexeu na câmera. Apenas os primeiros nomes do casal foram divulgados pela polícia. Ele tem 57 anos e ela 59.
Os delegados informaram ainda que a criança saiu de casa sem a família perceber, para pedir uma caneta empresta, terminando na casa do suspeito. Segundo as investigações, a criança queria apenas corrigir a câmera, que estava torta. Nesse momento, o suspeito saiu de casa e pegou a criança. A tortura durou seis horas.
Segundo a polícia, o menino foi agredido com um pedaço de madeira na cabeça e pelo corpo. Um alicate também teria sido usado para tirar parte da orelha. Com o choro da vítima, ele foi dopado por um remédio usado pela esposa do morador. A criança foi deixada em um matagal, durante a madrugada, dentro de uma caixa.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba