1.075 anos de prisão

Culto sexual desbaratado tinha 'placar' para homens disputarem quem fazia mais sexo

A disputa de virilidade escondia os abusos cometidos. O sexo era "obrigação" de toda mulher que desejasse entrar para o culto, de acordo com uma testemunha que deixou a seita após ser submetida a abusos

Novos detalhes sobre o culto sexual apocalíptico comandado pelo magnata turco Adnan Oktar, condenado nesta semana a 1.075 anos de prisão, por vários crimes, foram revelados pelo jornal “Daily Sabah”.

De acordo com a publicação, os líderes do culto tinha um “placar” para anotar com quantas integrantes da seita faziam sexo durante a semana. O somatório de cada um deles indicava o “campeão da semana”, que obteria regalias.

A disputa de virilidade escondia os abusos cometidos. O sexo era “obrigação” de toda mulher que desejasse entrar para o culto, de acordo com uma testemunha que deixou a seita após ser submetida a abusos.

“Os que faziam menos sexo eram acusados de ser gays”, revelou ela.

Enquanto pregava visões conservadoras, Oktar mantinha uma espécie de harém, cujas integrantes eram chamadas por ele de “gatinhas”, quase todas submetidas a várias cirurgias plásticas e vestidas ao mesmo estilo. As “gatinhas” costumavam ser vistas dançando em programas “supostamente religiosos” apresentados por Oktar na TV online – a A9 – da qual é dono. Os homens da cúpula da seita eram chamados por Oktar de “leões”.

‘EXTRAORDINARIAMENTE POTENTE’

Em uma das audiências do seu julgamento, Oktar disse ter cerca de mil namoradas. Justificou-se assim, de acordo com o “Telegraph”:

“Há um amor pelas mulheres que transborda do meu coração. O amor é uma qualidade humana. É uma qualidade de um muçulmano. Sou extraordinariamente potente.”

Uma das mulheres que testemunharam no julgamento de Oktar, identificada apenas como CC, disse ao tribunal que o líder da seita havia abusado sexualmente dela e de outras mulheres repetidamente. Algumas das mulheres que ele estuprou foram forçadas a tomar pílulas anticoncepcionais, CC disse ao tribunal.

A teologia de Oktar, que também usava os nomes de Adnan Hoca e Harun Yahya, prega que a teoria da evolução das espécies é uma farsa e que o fim do mundo está próximo. Suas ideias constam do seu Livro “O atlas da criação”, em que apresenta um criacionismo islâmico.

Fonte: Extra
Créditos: Extra