Uma creche em Palmas, no Tocantins, se tornou centro de uma polêmica só pelo fato de se chamar “Arco-Íris”.
Tudo começou quando um projeto de lei sobre a criação de seis novas creches foi enviado à Câmara dos Vereadores.
Entre elas, a “Creche Arco-Íris” causou irritação no vereador Filipe Martins, do PSC, que promoveu uma emenda para a mudança no nome, alegando que o original “promove o homossexualismo”.
“O objetivo é homenagear uma das pioneiras de Palmas como reconhecimento pelos relevantes serviços prestados aos palmenses, além de substituir o nome Arco-Íris, que apesar de ser um símbolo do cristianismo, também é usado para promoção do homossexualismo”, diz ele em um comunicado no site do próprio vereador, que traz ainda o logo: “em defesa da família”.
O nome, que havia sido escolhido pela própria comunidade local, foi alterado legalmente a pedido do vereador. A creche agora se chama Romilda Budke Guarda.
“A senhora Romilda, mãe de seis filhos, costureira, veio para Palmas -TO no dia 7 de janeiro de 1997, fixando seu domicilio na antiga ARSO 32, sendo a primeira moradora na referida quadra. Teve uma vida pautada na moralidade, na ética e no altruísmo. Uma líder comunitária (saudosa memória), que muito ajudou na arborização e embelezamento da desta cidade”, disse Martins.
Vale lembrar que o termo “homossexualismo”, usado pelo vereador, é considerado ofensivo por boa parte da comunidade LGBT, caiu em desuso e foi substituído por “homossexualidade”, pois o sufixo “ismo” é associado a doenças e a grupos fanáticos.
Fonte: G1
Créditos: G1