Uma garota americana de 10 anos morreu depois de contrair uma ameba que come o cérebro. Conhecida como Naegleria Fowler Ameba, o protozoário entra pelo nariz e chega até o cérebro, levando ao óbito em poucos dias.
Segundo a NBC News, ela estava nadando em um rio quando foi contaminada. Esse tipo de ameba é conhecida por ser de vida livre, não precisa de hospedeiros para sobreviver e vive em lagos, rios, principalmente de águas morna ou quente. Há também o risco de contraí-la em piscinas que não são tratadas de forma correta.
De acordo com Weissmann, muitas vezes o problema não é diagnosticado rapidamente por ser pouco comum. Além disso, tende a ser confundido com meningite, devido aos sintomas parecidos. “É um quadro clínico bem semelhante. A pessoa fica com intolerância ao barulho e luz, dor de cabeça, enjoo, hemorragia e inchaço no cérebro”, diz.
Ainda de acordo com o especialista, existem poucos casos na literatura médica, o que dificulta precisão no diagnóstico e chances de cura. “Em 95% dos casos as pessoas contaminadas morreram”, explica.
Mais da metade dos casos que ocorreram nos EUA aconteceram no Texas e na Flórida, onde os organismos microscópicos crescem na água morna das lagoas. No Brasil, ainda não há registros desse tipo de contaminação.
Dá para prevenir?
Infelizmente, não há métodos eficazes de prevenir a condição. Weissmann ressalta que a maneira mais comum de evitá-la, mas ainda sim sem garantia de prevenção, é não entrar em rios de temperatura quentes ou mornas e preservar o nariz, já que ele é a principal porta de entrada da ameba.