Alimentação saudável

"VOCÊ É O QUE VOCÊ COME": nutricionista explica a relação dos alimentos na prevenção de doenças

Arte: Marcelo Júnior / Polêmica Paraíba
Arte: Marcelo Júnior / Polêmica Paraíba

Paraíba - Você já ouviu a expressão “você é o que você come”? Cada vez mais, a ciência comprova que a alimentação tem um papel essencial na prevenção de doenças e na manutenção da saúde. Alguns alimentos possuem propriedades que fortalecem o sistema imunológico, reduzem inflamações e até ajudam a prevenir doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e câncer. Incorporá-los à rotina alimentar pode ser um passo simples, mas eficaz, para uma vida mais longa e saudável.

Dos antioxidantes encontrados nas frutas vermelhas às fibras presentes nos grãos integrais, a natureza oferece uma variedade de nutrientes que atuam como verdadeiros aliados da saúde. A nutricionista Clínica e Funcional, Stéfany Oliveira, conversou com o Polêmica Paraíba destacando alguns desses alimentos funcionais e explicando como eles podem contribuir para a saúde e bem-estar.

Alimentos eficazes na prevenção do diabetes e hipertensão

De acordo com Stéfany, ter uma alimentação saudável contribuirá para uma melhor qualidade de vida e prevenção de doenças. Ao decorrer da vida, algumas pessoas podem adquirir/desenvolver patologias, como o Diabetes e a Hipertensão.

“Para auxiliar no controle e tratamento, é essencial adotar uma alimentação equilibrada. O consumo de alimentos ricos em carboidratos complexos, como tubérculos, batata-doce e macaxeira, fornece fibras, vitaminas e minerais. Alimentos integrais e hortifrutis também contribuem para uma dieta saudável. Além disso, é fundamental manter uma boa hidratação, consumir fontes de proteína e dar preferência aos temperos naturais. No entanto, cada pessoa tem necessidades específicas. A prescrição alimentar deve ser individualizada, pois, enquanto alguns alimentos ajudam no controle da hipertensão, podem não ser adequados para quem tem diabetes”, explicou.

A orientação de um profissional de saúde é essencial para garantir que a dieta atenda às necessidades específicas de cada paciente.

“Para os diabéticos, por exemplo, recomenda-se associar carboidratos a proteínas e fibras, como pão com ovo, tapioca com proteínas, arroz com legumes e alimentos integrais (aveia, arroz e pão integral). Carnes brancas, como frango sem pele e peixes ricos em ômega-3, são boas opções, assim como oleaginosas, abacate e laticínios com baixo teor de gordura”, acrescentou a nutricionista.

A nutricionista alertou ainda para a importância de evitar alimentos industrializados ricos em açúcar, sódio e gorduras saturadas, como biscoitos, pipocas, fast foods e bolos tradicionais. Pois, esses alimentos podem elevar os níveis de glicemia e pressão arterial, agravando os riscos para pacientes diabéticos e hipertensos.

Pacientes hipertensos devem evitar também alimentos termogênicos, como cafeína, guaraná em pó e gengibre, pois podem aumentar a pressão arterial. A alimentação equilibrada, aliada a hidratação adequada, é essencial para o controle da doença.

Fortalecendo o sistema imunológico de forma natural

O Ministério da Saúde disponibiliza um guia alimentar que recomenda o consumo prioritário de alimentos in natura, especialmente de origem vegetal. A dieta mediterrânica também é uma referência, pois enfatiza frutas, verduras, legumes, oleaginosas, raízes e tubérculos como fontes ricas de vitaminas, minerais e fibras.

“É importante consumir com moderação os alimentos de origem animal, que são fontes de proteínas, vitaminas e minerais, devido ao seu teor de gorduras. O ideal é priorizar carnes brancas, como peixe e frango, além de ovos e laticínios com baixo teor de gordura. Como citado anteriormente, também é essencial respeitar o gosto individual de cada pessoa”, destacou Stéfany.

Superalimentos: mito ou realidade?

De acordo com a nutricionista, não existe um “superalimento” capaz de prevenir todas as doenças sozinho.

“A associação da alimentação a outros fatores também deve ser considerada para uma melhora em todos os sentidos no organismo, uma boa noite de sono, a ingestão de água, o uso de medicamentos conforme orientação médica (se estiver prescrito), a prática de atividade física (orientado por um profissional), o bom estado de saúde mental, e a verificação periódica dos exames bioquímicos.

Em resumo, pequenas mudanças na alimentação podem ter um grande impacto na saúde. Escolher alimentos naturais, evitar processados e manter uma dieta equilibrada é um caminho eficaz para viver com mais qualidade de vida e bem-estar.


Stéfany Oliveira
Nutricionista Clínica e Funcional
CRN-6 20292