O envelhecimento, inevitável e natural, é tema de grande preocupação para muitas pessoas hoje em dia. Dados de pesquisas recentes revelam uma realidade alarmante, o medo de envelhecer, conhecido como gerascofobia, está enraizado em grande parte da população, especialmente entre os mais jovens.
Segundo estudos divulgados nos últimos anos, como os realizados pela Sociedade Real para a Saúde Pública do Reino Unido em 2018 e pela Pfizer em 2015, os números são surpreendentes. No Reino Unido, 40% dos entrevistados entre 18 e 24 anos tinham visões negativas sobre a velhice. No Brasil, a situação não é diferente, com 90% da população manifestando medo de envelhecer.
Uma das causas para esse medo é a pressão social para alcançar determinados marcos na vida, como sucesso profissional, relacionamentos estáveis e conquistas materiais, muitas vezes associados à juventude. A busca incessante por uma suposta “idade ideal” gera ansiedade e frustração, alimentando a percepção de que o tempo é um inimigo a ser combatido.
Além disso, o impacto da mídia e das redes sociais na construção da imagem corporal também impacta diretamente essa realidade. A proliferação de filtros e recursos digitais que distorcem a realidade contribui para uma visão distorcida do envelhecimento e para a busca desenfreada por intervenções estéticas.
Uma pesquisa conduzida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia revelou um crescimento exponencial na procura por procedimentos estéticos, com um aumento de 390% em todo o país.
Os tratamentos indicados para essa fobia é o Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), meditação, conscientização e suporte social
No entanto, é importante ressaltar que o envelhecimento é uma parte natural da vida, repleta de experiências enriquecedoras e aprendizados. Cada fase da vida tem seus próprios desafios e prazeres, e é fundamental reconhecer e valorizar a jornada em todas as suas etapas.
É necessário promover uma cultura de aceitação e valorização do envelhecimento, combatendo estereótipos negativos e incentivando uma visão mais positiva e inclusiva da idade. Afinal, envelhecer é um privilégio que nem todos têm a oportunidade de experimentar, e é essencial aprender a comemorar cada ano de vida com gratidão e sabedoria.