
Paraíba - A Paraíba apresentou, nas últimas semanas, queda no número de casos de dengue, além do aumento nos casos de Oropouche. A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba(SES), através da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (GEVS), foi a responsável pela divulgação dos dados.
Já no boletim epidemiológico nº 3 das arboviroses, dos 2.556 casos prováveis, 1.866 são de dengue (73%), uma redução de, aproximadamente, 40%. O comparativo está relacionado ao mesmo período do ano passado.
A secretaria reforça ainda, a real necessidade de prevenção, ao mesmo tempo que desenvolve diversas ações no combate à dengue, chikungunya, zika e oropouche.
Por sua vez, Fernanda Vieira, chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas (NDTA), aponta para o aumento dos casos da febre oropouche.
“Tivemos um aumento exponencial em relação à oropouche, uma nova arbovirose que vem ganhando o cenário nacional e chegou ao nosso território, recentemente. Em 2024, eram apenas oito casos confirmados e neste ano [2025], já são mais de 470 casos. Diante disso, é importante ter um acompanhamento muito próximo das nossas gestantes, já que o agravo pode afetar o bebê, assim como a zika”, alertou.
Conforme o último levantamento, dos 2.556 casos prováveis em 2025, foram registrados 207 para chikungunya (8,10%); cinco para zika vírus (0,20%) e 478 de Oropouche (18,70%).
Por outro lado, ao comparar com o mesmo período em 2024, nota-se a redução de 58% para casos prováveis, de chikungunya e 84% para os casos prováveis de zika.
Dessa forma, Fernanda garante que a SES trabalha, junto aos municípios no combate aos agravos e, desde o início do ano, já disponibilizou manejos para dengue, chikungunya, zika e oropouche.
Em suma, também realizam capacitações com os Agentes Comunitários de Endemias e com as Gerências Regionais de Saúde.
“É importante que os territórios – que já tenham a vacina implantada – mantenham o calendário vacinal em dia dos adolescentes e que sempre seja fomentado, tanto nos serviços de saúde, quanto na educação, na infraestrutura, o combate aos focos dos dois mosquitos”, pontuou.
“Agora, a briga é contra dois vetores: Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya e o maruim que transmite a febre oropouche. Lembrando que o Aedes se reproduz em água parada e o maruim é atraído por matéria orgânica em decomposição. Diante disso, devemos lembrar da importância da vistoria na nossa casa, na área peridomiciliar, pelo menos, uma vez por semana, isso vai ajudar para que não criemos focos, pois, é a partir deles, que ocorre a multiplicação dos mosquitos”, reforçou.