REPRODUÇÃO ASSISTIDA: inseminação artificial ganha força entre casais; conheça clinicas que realizam o procedimento em João Pessoa

A busca por ter um filho é um desejo compartilhado por muitos casais, porém, para alguns, esse caminho pode apresentar desafios. Para casais, a questão de infertilidade em um dos parceiros acaba dificultando a efetivação desse desejo. Felizmente, avanços na área da reprodução assistida têm proporcionado novas esperanças e oportunidades para aqueles que enfrentam dificuldades para conceber.

No Brasil, esses avanços têm se destacado nos últimos anos, impulsionados por inovações tecnológicas e científicas que ampliaram as opções de tratamento e aumentaram as taxas de sucesso.

Outra grande novidade é que casais homoafetivos também podem recorrer a técnicas de reprodução assistida para terem filhos. É que em maio de 2021, o Conselho Federal de Medicina publicou uma nova resolução (Nº 2.294), na qual garante que pessoas transgênero ou cisgênero, heterossexuais ou homossexuais, em união estável ou solteiras, possam recorrer a técnicas de reprodução assistida caso queiram ter filhos.

Clínicas de reprodução assistida são um local de acolhimento a todos que desejam realizar o sonho de ter um filho. Para casais ou solteiros que pertencem a comunidade LGBTQIA+, uma clínica de reprodução assistida, com sua equipe e corpo clínico, deve garantir segurança, respeito e carinho desde a chegada à clínica até o tratamento finalizado.

Conheça abaixo os tipos de reprodução assistida:

Inseminação intrauterina

Uma das técnicas mais antigas da reprodução assistida, a inseminação intrauterina continua sendo uma opção viável para muitos casais. Neste procedimento, a mulher recebe estimulação ovariana para induzir a ovulação, seguida pela introdução dos melhores espermatozoides diretamente no útero durante o período fértil. Embora tenha uma taxa de sucesso entre 10 e 25% por tentativa, não é recomendado realizar mais de três tentativas devido ao custo-benefício.

Em média, a inseminação intrauterina custa entre R$ 5 e 10 mil, dependendo da clínica. Sem sucesso, a orientação médica é partir para a fertilização in vitro.

O principal efeito colateral da inseminação intrauterina é o inchaço, devido aos medicamentos hormonais em doses altas que retêm líquidos. Dor de cabeça também costuma ser comum, e ambos podem gerar desconforto, mas já existem protocolos bem estabelecidos e esses sintomas tendem a ser passageiros. Logo, os riscos desse procedimento, em geral, são mínimos.

Fertilização in vitro

Considerada o tratamento mais eficaz, a fertilização in vitro tem revolucionado a reprodução assistida. Esse também tem sido os métodos mais utilizados por casais homoafetivos. Atualmente, casais homoafetivos têm duas principais opções de procedimentos entre as quais escolher: inseminação artificial ou fertilização in vitro (FIV). Pelas altas taxas de sucesso, a FIV tem sido o tratamento mais escolhido entre os casais homoafetivos. No caso do casal de homens, a FIV torna-se a única opção possível.

Neste procedimento, a mulher recebe uma estimulação ovariana mais intensiva, seguida pela coleta dos óvulos, que são fertilizados em laboratório com os espermatozoides de um homem doador ou do parceiro. Os embriões resultantes são então implantados no útero da mulher. As taxas de sucesso variam de acordo com a idade, sendo mais elevadas em mulheres mais jovens.

Mulheres até 35 anos tem entre 50 e 60% de chance de gestação por tentativa; 36 a 39 anos fica ao redor de 30 e 40%; 40 anos, 20%; 42 anos fica entre 8 e 10%; 43 anos, 5%; e de 44 em diante, 1% até 0 de dar certo.

Para casais de homens, a FIV é a única opção e a situação costuma ser um pouco mais complexa. Eles deverão encontrar uma mulher na família para ceder o útero e levar adiante a gestação. O óvulo deve ser obtido de uma doadora anônima e o casal decide, entre si, quem fornecerá os espermatozóides para a FIV.

A fertilização in vitro tem algumas variantes. Por exemplo, ao contrário da intrauterina, mesmo após a menopausa, é possível realizá-la, pois a mulher pode receber óvulos de uma doadora anônima, cujo procedimento chama-se “óvulo de doadora”.

Tudo é feito de forma anônima, A doadora não saberá a identidade da receptora e vice-versa. Os óvulos da doadora são preparados e recolhidos para que sejam fecundados com o sêmen do parceiro da receptora em laboratório.

Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada em 2021, também passou a permitir a doação de óvulos e espermatozoides entre parentes de até 4º grau para procedimentos de fertilização in vitro.

Embora esse procedimento seja considerado o carro chefe para o sucesso de muitas gestações, há um entrave: o preço. Estima-se que uma fertilização in vitro em clínicas particulares oscile entre R$ 20 mil e 50 mil, por tentativa.

Já os efeitos colaterais são semelhantes aos da inseminação intrauterina. E ambos os métodos aumentam o risco de gestação gemelar.

Sexo programado

Outra técnica utilizada na reprodução assistida é o sexo programado, no qual a mulher recebe estimulação ovariana para aumentar a produção de óvulos, seguida pela orientação sobre os melhores dias para a relação sexual. Embora mais adequado para mulheres mais jovens, o sexo programado pode oferecer uma alternativa menos invasiva para alguns casais.