Outubro Rosa é um movimento global que visa conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Durante este mês, instituições de saúde, organizações não governamentais e a sociedade civil se mobilizam para disseminar informações sobre a doença, que é a forma de câncer mais comum entre mulheres em todo o mundo.
No entanto, a luta contra essa enfermidade também revela um quadro preocupante: a desigualdade no acesso ao tratamento entre os sistemas público e privado de saúde.
Importância da prevenção
A prevenção do câncer de mama baseia-se no controle dos fatores de risco que podem ser alterados e na promoção de elementos que oferecem proteção. Atualmente, acredita-se que é possível diminuir o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama por meio de algumas ações, como: realizar atividades físicas, manter um peso saudável, adotar uma alimentação equilibrada e evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcoólicas. A amamentação é uma prática que oferece proteção e deve ser encorajada, sendo realizada pelo maior período possível. Não fumar e evitar a exposição ao fumo passivo também podem ajudar na redução do risco de câncer de mama.
Os fatores genéticos e aqueles relacionados ao ciclo reprodutivo feminino, em sua maioria, não podem ser modificados; no entanto, questões como sobrepeso, sedentarismo, consumo de álcool e terapia de reposição hormonal são, em princípio, passíveis de mudanças.
A prevenção do câncer de mama é fundamental, pois, quando detectado precocemente, as chances de cura são significativamente aumentadas. Especialistas recomendam que mulheres a partir dos 40 anos realizem mamografias anualmente, além de promoverem o autoexame mensal. O acesso à informação e à orientação sobre saúde mamária é vital para a detecção precoce.
Desigualdade no Acesso ao Tratamento
Apesar dos avanços nas campanhas de conscientização, o Brasil ainda enfrenta sérias desigualdades no acesso ao tratamento. Pacientes que dependem do sistema público de saúde frequentemente enfrentam longas filas e a escassez de recursos. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), as mulheres que se tratam pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm menos acesso a exames de rastreamento e tratamentos mais avançados em comparação às que utilizam planos de saúde particulares.
Avanços nas Pesquisas e Tratamentos
Felizmente, a pesquisa sobre o câncer de mama tem avançado rapidamente. Novas terapias-alvo e imunoterapias estão sendo desenvolvidas, prometendo tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais. Algumas instituições de pesquisa brasileiras têm se destacado nesse campo, contribuindo para a troca de conhecimentos e inovações que podem beneficiar pacientes em todo o país.
Além disso, campanhas como o Outubro Rosa têm incentivado a formação de grupos de apoio e a criação de políticas públicas que visam melhorar o acesso ao diagnóstico e tratamento, promovendo um cuidado mais integral às pacientes.