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ALERTA! Uso excessivo de remédios para ansiedade e insônia traz preocupações e riscos a saúde

Nós já internamos pessoas que tomaram 300 comprimidos de Zolpidem num dia, relata o psiquiatra Márcio Bernik

ALERTA! Uso excessivo de remédios para ansiedade e insônia traz preocupações e riscos a saúde

Nos últimos anos aumentou o número de consumo de remédios para ansiedade e insônia no Brasil, e com isso algumas preocupações devido ao uso em excesso de algumas medicações.

Um exemplo disso é o medicamento Zolpidem. O remédio usado no tratamento contra a insônia, disponível no mercado há mais de 30 anos, ganhou protagonismo maior na última década, pela junção de uma série de fatores, como uma facilidade na prescrição médica e um apelo quase irresistível para um problema relativamente comum, a dificuldade para dormir.

O psiquiatra Márcio Bernik, responsável pelo Programa de Transtornos de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (IPq-FMUSP), menciona que já tiveram casos de internação de indivíduos que consumiram 300 comprimidos de Zolpidem em um único dia.

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A partir de agosto, medicamento indicado para tratamento pontual da insônia só estará disponível mediante prescrição médica do tipo azul, de controle mais rigoroso, independentemente de sua concentração, uma mudança em relação ao sistema anterior.

Efeitos colaterais

Dentre os possíveis efeitos colaterais do Zolpidem estão o sonambulismo, as alucinações e a amnésia, que também pode ser definida como um apagão, no qual o indivíduo não se lembra de nada depois de tomar o remédio, mas continua interagindo com o mundo e pode apresentar um comportamento estranho ou incomum.

Ansiolíticos

Assim como o medicamento para insônia, o uso de remédios para tratar a ansiedade estão cada vez mais procurados, os mais comuns são alprazolam, bromazepam, clonazepam, diazepam entre outros.

Esses medicamentos são geralmente prescritos para uso a curto prazo devido ao risco de dependência e tolerância, o que significa que você pode precisar de doses mais altas para obter o mesmo efeito ao longo do tempo.

Para diminuir as chances de dependência, é essencial seguir as orientações do médico a respeito do uso desses remédios, restringir o consumo a um período curto e não fazer ajustes na dosagem por conta própria.

Além disso há alternativas de tratamento para o quadro de ansiedade a serem exploradas, como terapia cognitivo-comportamental, prática de meditação, atividade física, e outras abordagens que, conforme a gravidade da situação e as particularidades de cada caso, podem ser adotadas isoladamente ou em conjunto com a medicação.