Após a remoção de Wilson Santiago do comando do PTB na Paraíba, o deputado estadual Wilson Filho fez críticas aos rumos que o partido está tomando. As declarações foram na mesma direção que o pai havia manifestado em nota na última sexta (07). “O PTB nacional já tem se projetado em outros estados na linha de defender o extremismo político”, afirmou Wilson Filho, em entrevista Rádio Correio. O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, é aliado de Jair Bolsonaro e têm dado declarações extremistas nos últimos anos.
Quando a decisão de Wilson Santiago, que se absteve da votação que buscava facilitar impeachment de ministros do STF e criminalizar decisões jurídicas, Wilson Filho apoiou o pai, lembrando sua trajetória e reafirmando o compromisso e coerência com as votações. O deputado estadual ainda revelou que ambos se colocam à esquerda no espectro político, dando a entender que a mudança partidária se dará nesse caminho:
“Ele reafirma aquilo que acredita e defende. Ele cresceu na vida a base de muito estudo e trabalho e isso o coloca, não no extremismo da esquerda, mas lhe dá um viés voltado um pouco para esquerda, que foi a vida dele inteira. Wilson Santiago, quando foi líder do PMDB, quando foi Senador da República, ele foi líder do Governo Federal na época em que Lula era presidente da República, então o desconforto interno já existe há muito tempo”, revelou Wilson.
Líder do governo João na Assembleia Legislativa, Wilson Filho afirmou que jamais defenderá o extremismo, lembrou a história do PTB, criticou o Governo Bolsonaro e citou a aliança firmada com João Azevêdo, que vai no caminho contrário as ações do presidente. O Cidadania, partido do governador, é cotado como provável destino dos deputados:
“É muito desconfortável você estar num partido em que não acredita nas linhas do partido. O PTB sempre foi um partido defensor do trabalhismo, dos trabalhadores, um partido que defende acima de tudo as pessoas que mais precisam e ultimamente tem tido um outro posicionamento, que não justifica a sua história. Não dá para defender o extremismo, porque não faz e não combina com ele. Não combina com a aliança estadual que nós implementamos na Paraíba”, encerrou.
Fonte: Polêmica Paraíba e Politica e etc
Créditos: Polêmica Paraíba