O deputado estadual Wallber Virgolino (Patriota) avisou, na tarde desta segunda-feira (04), que vai pedir ao Governo do Estado uma prisão especial para o ex-assessor da Secretaria de Administração da Paraíba, Leandro Nunes, preso no âmbito da Operação Calvário na última semana.
De acordo com o deputado, o ex-assessor pode estar correndo risco de vida por supostamente ter informações privilegiadas sobre os crimes investigados pelo Ministério Público.
“Vamos pedir ao Governo do Estado prisão especial para o assessor que está detido. Ele pode correr risco de vida, ele é o cerne de uma celeuma que pode envolver autoridades. Vamos pedir proteção de vida para que ele tenha condições, inclusive, de prestar sua delação”, informou o parlamentar da oposição.
Ainda de acordo com Wallber Virgolino, os parlamentares oposicionistas já têm as doze assinaturas necessárias para dar início à Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os contratos da Cruz Vermelha na Paraíba.
“O poder legislativo não pode atuar de forma paralela, ele tem que ser protagonista dessa história. Ele tem, de acordo com o regimento interno, a função de investigar através da CPI. A Paraíba precisa ser passada a limpo. Essa CPI é realidade”, pontuou.
Resposta da base governista
O líder do governo na Assembleia, Ricardo Barbosa, pediu ‘cautela’ e ‘prudência’ ao ser instado por jornalistas sobre o pedido de prisão especial para o ex-assessor do governo e a criação de uma CPI para investigar os contratos da Cruz vermelha.
“Eu não conheço nenhuma declaração a esse respeito. A gente tem que ter prudência, cautela. O ex-assessor não integra mais o governo, mas certamente o governo haverá de tratar providências”, disse Ricardo Barbosa.
O parlamentar socialista disse que irá conversar sobre essa questão com o governador do Estado, João Azevedo (PSB).
“Eu tratarei, não apenas desse caso em particular, mas do problema como um todo com o governador nas próximas horas, para que a gente possa ter um alinhamento das preocupações. Há uma série de desdobramentos que devem serem tratados aqui na Assembleia”, revelou o líder.
Sobre a comissão parlamentar de inquérito, o deputado lembrou que há uma série de trâmites que precisam ser obedecidos para a instalação da CPI.
“A instalação de uma CPI requer uma série de outros fatores; ainda é cedo para se afirmar que ela será instalada; há uma série de mecanismos na instalação da CPI de fato. A gente não tratou do assunto nem com a base nem com o Governo”, enfatizou o Ricardo Barbosa.
Sobre um possível afastamento dos secretários Waldson de Souza e Livânia Farias, que foram alvos da operação de busca e apreensão na última semana, Ricardo Barbosa disse que é necessário aguardar o prosseguimento das investigações.
“Eu acho que ainda é cedo, o processo está em sua fase inicial. É preciso que haja mais indicativos de culpabilidade, se bem que essa é uma prerrogativa do chefe do executivo”, pontuou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba