A vereadora Sandra Marrocos (PSB), destacou a luta pelos direitos humanos, durante o Master News dessa quinta-feira (15) ao apresentador Gutemberg Cardoso. Sandra afirmou que o que a traz ao programa é um assunto triste, mas que dá muita força para resistir. Segundo ela, a vereadora do PSOL Marielle Franco, não foi morta e sim vítima de um extermínio, na noite da última quarta-feira (14), no Rio de Janeiro.
“Mas isso não nos calará, muito pelo contrário. Marielle foi vítima do extermínio que ocorre contra a juventude negra no Brasil. Foi um crime político sim, contra uma classe diminuída, contra um povo marginalizado. E este não é um problema das esquerdas, das ativistas ou só dos movimentos sociais, é um problema de todos, do povo. Precisamos nos levantar contra a violência que vem acontecendo, contra esse estado de caos que está instalado no país. É necessário um grande levante contra esse absurdo. Vamos nos unir, a sociedade precisa fazer uma corrente do bem para que a gente consiga acabar com a violência”.
Perguntada sobre como ela se sente sendo também uma ativista das causas sociais e dos menos favorecidos, Sandra disse que o medo existe, mas não usa de jeito nenhum. “Já sofri ataques nas redes sociais, mas nunca me senti ameaçada e é isso que me motiva a defender as pessoas que estão na linha de pobreza extrema, os negros, as mulheres, as minorias. Infelizmente Marielle foi executada por lutar por essas pessoas, para que elas tivessem os direitos todos assistidos”.
Sobre o apoio às causas em defesa dos direitos humanos, ela disse milita com precaução, cuidado, porém com muita firmeza no que acredita. “Marielle vivia uma realidade lá no morro que aqui a gente não ver tanto. Eu vivo aqui outro clima, acho que ela deveria ter tido mais precaução. Eu lamento também pelo motorista, mas como tudo, na vida, as coisas acontecem quando tem que acontecer”.
Em relação à repercussão do caso não só no Brasil, mas internacionalmente, Sandra falou que o mundo protesta a execução de Marielle não apenas como uma execução de uma vida, mas de uma mulher, de uma mãe, negra, oriunda do meio popular, pobre, que chegou aonde chegou por meio de muito esforço e luta.
“É um atentado ao estado democrático de direito, por isso a repercussão, porque estamos às vésperas de um processo eleitoral em um país desestruturado, com um governo ilegítimo e uma democracia que vem sendo atacada cotidianamente”.
Vigília JP/PB – Por Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes
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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba