O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) rebateu, nesta sexta-feira (3), a declaração do governador João Azevêdo (Cidadania), que disse que não foi procurado pelo senador para discutir política após Vené ter dito que não se encontrava com Azevêdo havia sete meses.
Em entrevista ao jornalista Anderson Soares, da Rádio CPAD FM, Veneziano demonstrou insatisfação com a fala, ao dizer que, na condição de candidato ao governo do estado, deveria ser João o interessado em procurar o senador para falar de política.
“Eu tenho experiência própria, fui candidato ao executivo em Campina Grande. Quando eu era candidato, quem geralmente procurava os aliados e apoios era quem conduzia o processo na condição de candidato. A mim parece que o governador é quem deveria procurar os contatos. Não seria eu a bater na porta do governador para tratar de assunto político, que deve ser conduzido por aquele que tem pretensão de ser candidato”, falou Veneziano.
Sem citar nomes, Veneziano ironizou ao se referir aos rumores de aliança entre o governador João Azevêdo e o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), histórico rival político na cidade.
“Não faltou propósito do governador para falar com novos possíveis apoios com figuras que foram, duramente, antagônicas ao projeto encabeçado pelo governador João Azevêdo”, acrescentou.
Entenda
Na última semana, em entrevista à Rádio Correio FM, Veneziano criticou a falta de contato com o governador, dizendo que não conversa com João há 7 meses.
“Eu não tive mais contato com o governador. Faz sete meses que o governador, de certo por uma agenda administrativa, não teve ainda oportunidade de voltar a ter um contato conosco”.
Questionado acerca dessa declaração, nessa quinta-feira (2), Azevêdo rebateu e disse que está à disposição e que atende a todos, alfinetando o senador: “É importante perguntar se nos sete meses ele pediu audiência comigo”.
“Eu recebo todas as pessoas que pedem audiência comigo. É importante perguntar se nos sete meses ele pediu audiência comigo. Estou à disposição, atento a todos. Principalmente aos aliados que construíram a aliança comigo em 2018. Se não houve encontro, é porque talvez não tivesse pauta para discutir. O telefone é o mesmo, o número institucional é o mesmo. Se não houve reunião, é porque não houve solicitação”, disse Azevêdo.
A troca de farpas reacende os rumores de que o senador e seu grupo possam romper com Azevêdo, e quem sabe, até lançar candidatura própria para o governo estadual do próximo ano.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba