Ele admitiu está “desgostoso” com a condução do PMDB, com a quebra de acordo e o tratamento dispensado a aliados como o deputado Gervásio Maia. Mas, se ouvir os apelos das bases peemedebistas em reação as notícias de que poderia assumir outra legenda, Veneziano Vital do Rêgo não apenas ficará, mas liderará movimento pela unificação.
A saída de Veneziano, Gervásio Maia, Trócolli Júnior e seus aliados seria o segundo grande racha no PMDB. O primeiro aconteceu em 1998, quando a pressão de correligionários levou o grupo liderado por Ronaldo Cunha Lima a retirar apoio à reeleição do então governador José Maranhão. A disputa na convenção tornou a convivência inviável. Os dissidentes criaram o PSDB na Paraíba e desde então venceram todos os confrontos no âmbito estadual.
O que as bases têm dito é que o PMDB precisa manter em seus quadros um nome com perspectiva de chegar ao Palácio da Redenção. Insistem que além de ser o mais conhecido das jovens lideranças, Veneziano tem experiência de gestão, carisma, identidade com o Estado, e representa o 2° maior colégio eleitoral, onde é campeão de votos.
A Veneziano, lembram que tem história no PMDB, que fez do “15” e do “vermelho” mais do que número e cor de um partido, mas símbolos que traduzem ideias e compromissos sociais. Mudar seria um risco, além de exigir trabalho árduo para fixação de uma nova marca.
E seus aliados querem que dispute a prefeitura de Campina Grande no próximo ano. Não identificam outro nome capaz de vencer o prefeito Romero Rodrigues, apoiado pelo senador Cássio Cunha Lima. Reforçam essa tese citando o esforço dos tucanos para comprometê-lo com uma CPI que investiga denúncias de um ex-auxiliar na Prefeitura. Repetem que se não fosse uma ameaça, não estariam centrando fogo nele.
Por fim, ponderam que o PMDB tem o segundo maior tempo de propaganda eleitoral, que os Vital são amigos do presidente nacional, Michel Temer, que ganha mais espaço a cada dia no País.
O “Cabeludo” tem bons motivos para continuar puxando a “onda vermelha”, inclusive apoio crescente para propor modelo que evite um racha e garanta ao PMDB protagonismo na política estadual.
Fonte: Jornal Correio