Veneziano se sentiria “honrado” em disputar um cargo ao executivo estadual na Paraíba. A declaração foi dada durante entrevista nesta segunda-feira (14) ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan. Ele disse ainda que a definição de qual cargo sua esposa Ana Cláudia irá disputar em 2022 irá depender de mudanças na legislação eleitoral e falou sobre a saída de Nilvan Ferreira dos quadros do MDB.
Perguntado sobre qual posição deseja que sua esposa, a secretária de Estado da Articulação e do Desenvolvimento Social, Ana Cláudia (Podemos), ocupe nas eleições de 2022 (se candidata a deputada federal ou vice-governadora na chapa de João Azevêdo), Veneziano desconversou e disse que não pode impor sua posição na formação da chapa. O senador disse que condiciona qual cargo Ana deverá disputar a partir de possíveis alterações (ou não) na legislação eleitoral.
“Ela é algo que se secundariza a partir do momento em que houver definições. Nós precisamos esperar até outubro quais serão, ou se haverá, mudanças legislativas que nos imponham a nós partidários estratégias diferentes […]. Passa diretamente por ela e passa também pelas circunstâncias e contingências político-partidárias”, respondeu.
Veneziano descartou também a possibilidade de Ana Cláudia se desfiliar do Podemos para ingressar ao MDB para a disputa do próximo ano, ao menos até a definição dessas alterações na legislação eleitoral ou não.
Nilvan Ferreira
O senador também comentou sobre a ida de Nilvan Ferreira ao PTB, onde ocupará o posto de presidente estadual do partido. Veneziano falou que a saída do ex-candidato a prefeito de João Pessoa do MDB era iminente, uma vez que compartilha ideologia contrária à sigla em relação ao governador João Azevêdo.
“Era uma decisão tomada. Quando se discutiu a possibilidade de Nilvan permanecer ou não em um partido que a sua maioria tem uma relação direta, pública, inescondível por confiança do MDB junto ao governador João Azevêdo, é óbvio que as posições que são legítimas, defensáveis e respeitáveis do meu companheiro e amigo Nilvan Ferreira, já se sabia que ele não permaneceria. Não seria um contato a mais, um pedido a mais ou a menos que faria com que Nilvan estivesse entre nós”, falou.
“Não há da parte dele posições que sejam convergentes à aquilo que o MDB, na sua maioria, entende, que é o de ser parceiro do governo João Azevêdo”, finalizou.
Possível candidatura ao executivo pelo MDB
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Veneziano foi questionado também como agiria caso o partido optasse por disputar o governo do estado em 2022. Em sua resposta, Veneziano disse que se sentiria honrado em disputar o cargo, mas afastou essa possibilidade para pelo menos 2026, reafirmando sua posição de apoio à reeleição do governador João Azevêdo no próximo ano.
“Muito me honraria. Acredito que Deus permitirá que estejamos à frente, em um futuro mais próximo, em condições, com aptidão e com o mesmo desejo que tenho hoje de colaborar, ter uma experiência no executivo […]. Em 2026 por que não? Para 2022 eu tenho publicamente dito aquilo que é de conhecimento da legenda”, respondeu.
Auxílio Emergencial e críticas a Bolsonaro
Para o paraibano, uma possível ampliação do pagamento do auxílio emergencial por parte do governo federal é uma movimentação “política-eleitoreira” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Veneziano criticou o valor das parcelas pagas pelo benefício em 2021, a interrupção entre janeiro e março deste ano do pagamento e disse que a possível ampliação passa por interesses políticos do presidente.
“O que o governo federal vai fazer é aliar essa necessidade ao desejo político-eleitoral de manter um segmento vinculado a essa ação, o que é lastimável […]. O que o governo fez? Colocando nesta sua intenção o propósito político-eleitoreiro, e não político-eleitoral. É dizer ‘vamos fragmentar, diluir, fazer mais três’, quem sabe fazer mais três até o término do ano e aí no próprio ano eleitoral fazer uma extensão. Esse é o interesse que o governo tem nesse momento”, criticou.
Nomes de Ricardo e Cássio para o Senado
Veneziano também falou a respeito das recentes movimentações de Cássio Cunha Lima (PSDB) e Ricardo Coutinho (PSB), abrindo possibilidade de disputa a uma vaga ao Senado em 2022. Veneziano disse respeitar ambos, e falou que quanto mais opções, melhor para o eleitorado paraibano.
“É até bom que nomes apareçam, alternativas e opções sejam dadas para que todos nós eleitores façamos a melhor entre estas”, disse.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba
