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O deputado federal Hugo Motta (PMDB-PB) negou em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, coordenador da Operação Lava Jato, que tenha qualquer tipo de relação mais próxima com Cláudia Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara e ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apesar de admitir que frequentava a residência do casal. O paraibano foi arrolado como testemunha de defesa de Cruz, que, assim como o marido, é alvo de ação penal no bojo da operação. Motta era o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na época em que Cunha prestou depoimento e mentiu sobre a existência de contas na Suíça. Além disso, teve o apoio do parlamentar quando entrou em campanha para líder do PMDB na Câmara dos Deputados.
No depoimento a Moro, Hugo Motta disse que a relação dele com Cláudia Cruz era meramente protocolar, por ser mulher do ex-presidente da Câmara. Apesar de ter posado para fotos em jogos de futebol ao lado de Eduardo Cunha, o paraibano também colocou na casa da relação profissional a amizade com o político carioca. Em relação às contas na Suíça, ele alegou que nunca conversou com o ex-presidente da Câmara dos Deputados sobre a origem do dinheiro no exterior. Também disse, respondendo a perguntas da defesa de Cruz, que desconhece que Eduardo Cunha conversasse com a mulher também sobre a origem do dinheiro.
“Desenvolvi depois dessa convivência no parlamento uma relação de amizade (com Eduardo Cunha), mas nunca tratei especificamente desses temas de processos, até porque não tenho nada a ver com essa situação. Eu fazia meu trabalho na CPI independente dessas citações ao deputado Eduardo Cunha”, disse o deputado ao ser questionado pelo Ministério Público Federal. Questionado mais uma vez se Eduardo Cunha nunca deu explicações a ele sobre a origem do dinheiro, foi categório: “Não, comigo não”.
As investigações da Lava Jato mostraram que Eduardo Cunha e seus familiares mantinham contas secretas no exterior. Há indícios também de que esses recursos eram utilizados para pagar contas da família em viagens ao exterior e em compras promovidas em lojas caras. Nesta acusação, a Lava Jato aponta que Cláudia teria lavado e evadido mais de US$ 1 milhão em contas no exterior recebidos de seu marido no esquema de corrupção na Petrobrás. Esta quantia teria sido utilizada por Cláudia em compras de luxo nas viagens no exterior.
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Fonte: http://blogs.jornaldaparaiba.com.br/suetoni/
Créditos: suetoni souto maior – Jornal da Paraíba