O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta 5ª feira (6.dez.2018) que há uma pressão para aprovar medidas provisórias.
Em depoimento concedido por vídeo-conferência, o tucano foi perguntado como funcionava a edição de MPs na época em que governou. Respondeu que “o papel do presidente é separar o que é bom ou é ruim para o país”.
“O governo tem que ter capacidade em saber se é ou não do interesse do país, normalmente é assim. Há demanda do próprio Congresso e de regiões também. Demandar é fácil, todo mundo pede. O problema é conceder ou não”, disse.
FHC depôs como testemunha de defesa do lobista do setor automobilístico Mauro Marcondes. Ele foi arrolado porque a MP 471, editada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva em 2009, alterou duas leis de 1997, quando o tucano era presidente.
A medida do governo petista visava à prorrogação de incentivos fiscais de montadoras nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
O tucano também afirmou que “o presidente não assina nada que não tenha o ok da Casa Civil e da Advocacia-Geral da União“.
Foram cerca de 20 minutos de depoimento, por videoconferência, ao juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília.
Mais cedo, o ex-ministro petista Antonio Palocci depôs no mesmo caso. Disse que negociou propina para Luís Claudio Lula da Silva, filho de Lula, na MP.
Assista ao vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=KCnQ75iURto
Fonte: Poder 360
Créditos: Poder 360