Veja o que é #FATO ou #FAKE nas entrevistas dos presidenciáveis Ciro e Bolsonaro para o Jornal Nacional e para o Jornal das Dez

Veja o que é #FATO ou #FAKE nas entrevistas dos presidenciáveis Ciro e Bolsonaro para o Jornal Nacional e para o Jornal das Dez

Candidatos Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin e Marina Silva participaram de série de entrevistas no JN e no J10.

uatro candidatos à Presidência foram entrevistados no Jornal Nacional, da TV Globo, e no Jornal das Dez, da GloboNews, nesta semana, de segunda (27) a quinta (30).

A série de entrevistas teve, na ordem, Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede).

A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações dos políticos. Veja cada uma, pela ordem de realização:

Ciro Gomes (PDT)

“Réu ele (o Carlos Lupi) não é”

Fake (Foto:  G1)

Fake (Foto: G1)

A declaração é #FAKE. Veja o porquê: O presidente do PDT, Carlos Lupi, é, sim, réu em uma ação civil pública por improbidade administrativa que tramita na 6ª Vara Federal de Brasília. Segundo o Ministério Público Federal, em 2009 ele viajou para agendas oficiais como ministro do Trabalho em uma aeronave alugada pelo dono de uma empresa que tinha interesses em contratos com o ministério. O MPF diz que contratos foram assinados com a empresa após a viagem. A Justiça aceitou a ação civil pública em 2015. Nos casos de ações civis, quando o MPF apresenta a denúncia, o acusado vira réu assim que o juiz aceita a petição inicial. A partir daí, a lei trata o acusado como réu. O procurador Paulo Galvão, responsável pela ação, confirma que Lupi é reu junto com as demais partes do processo.

A Procuradoria já apresentou réplica às contestações dos réus e reiterou os termos da petição inicial. No momento, o caso está pronto para decisão da juíza Ivani Silva da Luz, que pode condenar ou absolver os réus da acusação de improbidade. O ato de improbidade administrativa é considerado um ilícito jurídico, mas tem natureza cível, não penal. Agentes públicos condenados por improbidade administrativa não podem ser presos, estando sujeitos a outras punições, como a perda da função pública, a devolução de valores e o pagamento de multa. O processo nº 27594-86.2012.4.01.3400 pode ser consultado no site da Justiça Federal.

Página do acompanhamento processual da Justiça Federal mostra Lupi como réu (Foto: Reprodução/Justiça Federal)

Página do acompanhamento processual da Justiça Federal mostra Lupi como réu (Foto: Reprodução/Justiça Federal)

“63 milhões de pessoas humilhadas com o nome sujo no SPC”

Fato (Foto:  G1)

A declaração é #FATO. Veja o porquê: Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) – divulgada em julho – aponta que o Brasil fechou o primeiro semestre de 2018 com 63,8 milhões de inadimplentes.

Levantamento da Serasa Experian – também publicado em julho – mostrou que 61,8 milhões de brasileiros estavam com o CPF restritopor atrasos no pagamento de contas em junho. O número é superior ao registrado no mesmo período de 2016 e 2017. O total das dívidas foi de R$ 273,4 bilhões, com média de quatro dívidas por CPF, totalizando R$ 4.426 por pessoa, segundo o levantamento.

“220 mil lojas, nos últimos três anos para cá, foram fechadas”

Fato (Foto:  G1)

A declaração é #FATO. Veja o porquê: A informação está correta, de acordo com dados divulgados em fevereiro pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a entidade, 19,3 mil lojas fecharam as portas em 2017; 105,3 mil em 2016; e outras 101,9 mil em 2015, somando 226,5 mil estabelecimentos comerciais fechados no período.

“Ela (Kátia Abreu) é uma pessoa que conhece a economia rural brasileira como poucos, foi ministra da Agricultura, votou contra o impeachment, votou contra o golpe, votou contra a Reforma Trabalhista selvagem que está destruindo a relação de trabalho no Brasil”

Fato (Foto:  G1)

A declaração é #FATO. Veja o porquê: A candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PDT), a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), então filiada ao PMDB (atual MDB), votou contra a cassação de Dilma Rousseffem 31 de agosto de 2016. A senadora do Tocantins também foi contrária à inelegibilidade da petista por oito anos. Em 11 de julho de 2017, a senadora votou contra a Reforma Trabalhista no plenário da Casa. Kátia Abreu ainda ocupava o cargo de ministra da Agricultura do governo Dilma Rousseff quando a admissibilidade da denúncia contra a petista foi votada no plenário do Senado, nas sessões de 11 e 12 de maio de 2016.

A checagem se concentrou em verificar as votações às quais o candidato se referiu. Os termos e adjetivos usados pelo candidato não foram levados em conta.

Veja o que é #FATO ou #FAKE nas entrevistas de Jair Bolsonaro para o Jornal Nacional e para o Jornal das Dez

Candidato do PSL à Presidência foi o segundo entrevistado no JN e no J10. Série de entrevistas já teve Ciro Gomes e terá ainda Geraldo Alckmin e Marina Silva.

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, foi o segundo entrevistado do Jornal Nacional, da TV Globo, e do Jornal das Dez, da GloboNews, nesta terça-feira (28).

A série de entrevistas terá ainda nesta semana Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede). Ciro Gomes (PDT) foi o primeiro entrevistado.

A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações de Jair Bolsonaro. Leia:

JORNAL NACIONAL

Jair Bolsonaro (PSL) é entrevistado no Jornal Nacional

Jair Bolsonaro (PSL) é entrevistado no Jornal Nacional

“Estavam discutindo ali, comemorando o lançamento de um material para combater a homofobia, que passou a ser conhecido como ‘kit gay’. Entre esse material, estava esse livro [Aparelho Sexual e Cia – Um guia inusitado para crianças descoladas]. Se bem que na biblioteca das escolas públicas tem”

Fake (Foto: Foto G1)Fake (Foto: Foto G1)

A declaração é #FAKE. Veja o porquê: O livro “Aparelho Sexual e Cia – Um guia inusitado para crianças descoladas”, do suíço Phillipe Chappuis, publicado no Brasil pela Companhia das Letras, não fez parte do projeto conhecido como “kit gay”.

O kit fazia parte do projeto Escola sem Homofobia, que por sua vez estava dentro do programa Brasil sem Homofobia, do governo federal em 2004. Era voltado para a formação de educadores, e não tinha previsão de distribuição do material para alunos. O programa não chegou a ser colocado em prática.

Elaborado por profissionais de educação, gestores e representantes da sociedade civil, o kit era composto de um caderno, uma série de seis boletins, cartaz, cartas de apresentação para os gestores e educadores e três vídeos.

O Ministério da Educação (MEC) informou que não produziu, comprou ou distribuiu o livro “Aparelho Sexual e Cia” e ele não fez parte do Programa Nacional do Livro Didático. Mas as redes estadual e municipal de ensino podem adotar outros livros que acharem convenientes, de forma independente, sem consultar o ministério.

O Ministério da Cultura (MinC) informou que comprou 28 exemplares do livro, em 2011, dentro do Programa Livro Aberto, que não tem relação com bibliotecas escolares. O programa tinha como meta zerar o número de cidades sem bibliotecas.

“Mantive a minha linha em Brasília, inclusive citado no Mensalão por Joaquim Barbosa como o único deputado da base aliada que não foi comprado pelo PT”

Não é bem assim (Foto:  G1)

#NÃOÉBEMASSIM. Veja o porquê: A citação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa sobre Bolsonaro se referiu a uma votação específica que aconteceu em outubro de 2003, e não a todo o esquema do mensalão do PT.

Durante o seu voto no julgamento, Barbosa citou a votação da Lei de Falências para exemplificar a compra de votos no Congresso. Ele afirmou que “os líderes dos quatro partidos cujos principais parlamentares receberam recursos em espécie do Partido dos Trabalhadores orientaram suas bancadas a aprovar o projeto” e que “somente o sr. Jair Bolsonaro, do PTB, votou contra a aprovação da referida lei”. “Todos os demais votaram no sentido orientado pelo líder do governo e do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados”, disse, na ocasião.

O ex-ministro afirmou, porém, que “vários parlamentares do PT também desobedeceram à orientação da liderança do partido e do governo e votaram contra a subemenda em referência”.

O Fato ou Fake já havia checado essa mesma declaração durante entrevista na GloboNews, no último dia 4.

“[Fui] citado por Alberto Youssef como um dos três deputados do PP que não buscou dinheiro na Petrobras”

Fato (Foto:  G1)Fato (Foto:  G1)

A declaração é #FATO. Veja o porquê: Em depoimento prestado em outubro de 2014 com base em acordo de delação premiada da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef detalhou o esquema de corrupção no Partido Progressista (PP), em que políticos recebiam pagamentos em troca de apoio em votações. Em vídeo, ele citou o nome de três parlamentares que não recebiam dinheiro: uma senadora (Ana Amélia) e dois deputados (Paulo Maluf e Bolsonaro).

“A CLT já garante salários iguais para homens e para mulheres”

Fato (Foto:  G1)Fato (Foto:  G1)

A declaração é #FATO. Veja o porquê: O artigo 461 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) estabelece que “sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade”.

No primeiro parágrafo do mesmo artigo, a lei diz que “o trabalho de igual valor, para os fins deste capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a dois anos”.

Apesar disso, dados do IBGE apontam que, no 2º trimestre de 2018, o rendimento médio real das mulheres representava 76,5% do salário médio dos homens no país.

“Evitar que para se abrir uma empresa leve em média 100 dias no Brasil. E isso tem que fazer para ajudar a ter emprego no Brasil”

Fato (Foto:  G1)Fato (Foto:  G1)

A declaração é #FATO. Veja o porquê: O tempo médio para abrir uma empresa no Brasil é, de fato, alto: 79,5 dias, segundo levantamento de 2017 do Doing Business, do Banco Mundial, que reúne informações sobre empresas 100% nacionais de 190 países, das atividades industriais ou comerciais e que empregam de 10 a 50 pessoas no primeiro mês de operação. Em algumas cidades do país, porém, o tempo médio de abertura de empresas supera os 100 dias, de acordo com levantamento da Endeavor do mesmo ano. É o caso de Campinas (SP), Porto Alegre, Manaus, Teresina e Caxias do Sul (RS), por exemplo.

“Eu fui o único a votar contra [a PEC das Domésticas] em dois turnos”

Fake (Foto: Foto G1)Fake (Foto: Foto G1)

A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Nenhum deputado votou contra a PEC das Domésticas nos dois turnos de votação no plenário da Câmara. No 1º turno, em 21 de novembro de 2012, Bolsonaro estava ausente e não participou da votação da proposta. Naquela vez, apenas os deputados Roberto Balestra (PP-GO) e Zé Vieira (PR-MA) foram contra a PEC.

No 2º turno, em 4 de dezembro de 2012, dois deputados se posicionaram contra a proposta: o deputado Vanderlei Siraque (PT-SP) e o candidato a presidente pelo PSL, deputado Jair Bolsonaro, então filiado ao PP do Rio de Janeiro.

A PEC 478 de 2010 ampliava os direitos trabalhistas de domésticas, babás, cozinheiras e outros trabalhadores em residências. A proposta foi promulgada em 3 de abril de 2013.

“Em novembro de 2010, estava passando pelos corredores da Câmara e tomei conhecimento que tinha acabado o 9º Seminário LGBT Infantil”

Fake (Foto:  G1)Fake (Foto:  G1)

A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Não ocorreu na Câmara dos Deputados, em novembro de 2010, nenhum evento chamado “9º Seminário LGBT Infantil”.

Em maio de 2012, foi organizado no auditório Nereu Ramos, da Câmara, o “9º Seminário LGBT no Congresso Nacional”, um evento realizado anualmente. Naquele ano, foram discutidos os temas “infância e sexualidade”.

Idealizador do seminário, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) escreveu no pedido de autorização para organizar o evento que o objetivo era debater com a sociedade civil e o governo federal “sobre a infância e a adolescência de meninos e meninas que sofrem bullying e violência doméstica por escapar dos papéis de gênero definidos pela sociedade”.

O lema do seminário foi “Todas as infâncias são esperança”. Especialistas em direito, educação, sexualidade, psicologia e cultura participaram do seminário.

“Entre na internet, pegue lá ‘Plano Nacional de Promoção e Cidadania LGBT.’ São 180 itens, entre eles a desconstrução da heteronormatividade, ou seja, estão ensinando em algumas escolas que homem e mulher está errado, pode ser, sim, homem com homem, mulher e mulher”

Fake (Foto: Foto G1)Fake (Foto: Foto G1)

A declaração é #FAKE. Veja o porquê: O Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, produzido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em 2009, tem 180 itens, mas em nenhum momento menciona que um relacionamento heterossexual, entre homem e mulher, está errado.

O objetivo do plano é “orientar a construção de políticas públicas de inclusão social e de combate às desigualdades para a população LGBT, primando pela intersetorialidade e transversalidade na proposição e implementação dessas políticas”.

O documento menciona a palavra “heteronormatividade” apenas uma vez, no item 1.2.20, quando diz que o Sistema Único de Saúde (SUS) precisa reconhecer e incluir nos sistemas de informação e no planejamento familiar, “todas as configurações familiares protagonizadas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade”. Heteronormatividade é um conceito usado pra tratar a relação homem e mulher como norma e as demais, como desvio.

“Não, me desculpe, a senhora não ouviu [eu falar que uma mulher deve ganhar menos que um homem]. Eu nunca [disse isso]”

Fake (Foto: Foto G1)Fake (Foto: Foto G1)

A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Em entrevista ao programa “SuperPop”, da Rede TV, no dia 15 de fevereiro de 2016, Jair Bolsonaro foi perguntado sobre o que ele achava pessoalmente de contratar uma mulher com o mesmo salário de um homem. “Eu não empregaria com o mesmo salário”, respondeu.

A equipe do Fato ou Fake já havia checado declaração similar durante o debate da RedeTV.

JORNAL DAS 10

Central das Eleições recebe Jair Bolsonaro, candidato do PSL à presidência

Central das Eleições recebe Jair Bolsonaro, candidato do PSL à presidência

“Meninas entre 10 a 19 anos são responsáveis por 20% dos partos no Brasil”

Fato (Foto:  G1)Fato (Foto:  G1)

A declaração é #FATO. Veja o porquê: A Pesquisa Saúde Brasil, realizada pelo Ministério da Saúde com base em dados do Sinasc (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos) relativos ao ano de 2015, aponta uma taxa de nascidos vivos de jovens entre de 10 e 19 anos em todo o país de 18%, percentual próximo ao citado pelo candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, em entrevista ao Jornal das Dez, da GloboNews. Esse percentual representa 546.529 crianças dos cerca de 3 milhões de nascidos vivos no ano. De acordo com esse estudo, divulgado em maio de 2017, o Nordeste é a região do país que registra a maior taxa de nascidos vivos de jovens menores de 20 anos (32%), enquanto o Centro-Oeste contabiliza a menor taxa (8%).

“Temos aproximadamente 10 mil [médicos] cubanos no Brasil”

Fato (Foto:  G1)Fato (Foto:  G1)

A declaração é #FATO. Veja o porquê: Segundo o Ministério da Saúde, atualmente 8.557 médicos cubanos atuam no país por meio do programa Mais Médicos, o que representa um percentual de 47% dos profissionais que participam da iniciativa. O número de brasileiros que integram o programa é apenas um pouco menor: são 8.459 médicos formados no Brasil ou no exterior.

Fato (Foto:  G1)

A declaração é #FATO. Veja o porquê: O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou nas contas da União relativas a 2017 que as renúncias fiscais alcançaram R$ 354 bilhões, representando 5,4% do Produto Interno (PIB) e 30,7% da receita primária.

“[No Ceará] Uma de cada três escolas (do ensino médio) já é ensino em tempo integral profissionalizante”

Não é bem assim (Foto:  G1)

#NÃO É BEM ASSIM. Veja o porquê: Ao todo, 33% das 653 escolas de ensino médio da rede estadual do Ceará oferecem ensino em tempo integral, de acordo com o Censo Escolar de 2017, do Inep. No entanto, mesmo nessas unidades nem todos os alunos estudam em tempo integral. Apenas 21% das escolas têm mais de 70% dos matriculados nessa modalidade. Em 12% da rede estadual, menos de 70% dos alunos têm acesso ao ensino integral.

Ainda de acordo com o Censo Escolar, 121 escolas estaduais de ensino regular oferecem cursos profissionalizantes. Elas equivalem a 19% do total da rede de ensino médio do Ceará. Incluindo na conta as escolas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), esse percentual chega a 23%, com 223 escolas, ainda pouco abaixo do citado por Ciro Gomes.

“As bolsas da Capes estão suspensas para o ano que vem”

Fake (Foto:  G1)

A declaração é #FAKE. Veja o porquê: As bolsas não estão suspensas. O Conselho Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) chegou a alertar no início de agosto que, caso o governo federal mantivesse a decisão de cortar 11% do Orçamento do órgão para o ano que vem, podiam ser suspensos os pagamentos “de todos os bolsistas de mestrado, doutorado e pós-doutorado a partir de agosto de 2019”. A Capes fez a advertência em um ofício enviado ao ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, em 1º de agosto. Segundo o comunicado, mais de 93 mil estudantes e pesquisadores podiam ser atingidos pelos cortes das bolsas.

Dois dias depois, no entanto, o Ministério da Educação divulgou nota afirmando que “não haverá suspensão do pagamento das bolsas da Capes” em 2019. Na ocasião, o próprio presidente Michel Temer também disse que a verba para a Capes estava garantida e que, se houvesse “problema eventual”, ele não deixaria faltar recursos para as bolsas de pós-graduação. “Eu compensarei”, afirmou Temer durante visita ao Piauí.

Na mesma semana, o ministro da Educação afirmou em um congresso de jornalismo, em São Paulo, que a pasta “garante que haverá orçamento para a continuidade das bolsas da Capes”.

O Orçamento da União ainda não foi aprovado e, por isso, não é possível dizer que houve tal suspensão. Em 14 de agosto, Temer sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2019 permitindo que o reajuste do MEC seja feito conforme a inflação. Mas os valores concretos ainda não foram apresentados.

“A Colômbia está recebendo mais de 500 mil venezuelanos”

Fato (Foto:  G1)

A declaração é #FATO. Veja o porquê: Em março deste ano, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) divulgou um relatório detalhado sobre a situação na Venezuela e o impacto na emissão de refugiados para os países vizinhos.

No relatório, a Acnur apontou que, segundo estimativas do governo colombiano, havia 550 mil venezuelanos no país. Pelo menos 230 mil colombianos que viviam na Venezuela retornaram a seu país de origem (alguns em condições semelhantes à de refugiados) e mais de 1 milhão e meio de venezuelanos se registraram até fevereiro deste ano para obter um documento que permitia um acesso diferente à Colômbia.

Já em julho, o Ministério de Relações Exteriores colombiano estimou em 870 mil o número de venezuelanos regularizados, irregulares ou em processo de regularização da sua situação no país. O número de venezuelanos que têm intenção de ficar no país, entretanto, não é claro, já que a Colômbia tem sido utilizada como caminho para acesso dos refugiados a outros países da região, como o Equador e Peru.