ULTIMAS APOSTAS
Por Júnior Gurgel
Roleta do destino da classe política paraibana já está girando, e o crupiê que representa o grande eleitorado aguarda as últimas apostas, que podem ainda surpreender (preto 17 ou vermelho 36). Quem mais arrisca nesta rodada é o governador Ricardo Coutinho – com um tempo exíguo de quarenta e seis dias – para depositar todas as suas fichas na mesa. Renunciará o mandato?
A escolha do número (candidato) recairá sobre João Azevedo? Sem fatos novos que justifique “desmonte” da escultura que vem sendo talhado pelo próprio Ricardo – falta de um “outsider” que convença o povo a tomar decisões atípicas, fora da realidade partidária do Estado – João Azevedo é a única opção que resta ao projeto de continuísmo do “socialista”.
As oposições (divididas) aguardam a roleta parar (sete de abril), data limite para o governador Ricardo Coutinho chamar o caminhão da mudança. Pesquisas de intenção de votos sinalizam no momento eleição tranquila do “socialista”, caso venha disputar uma das duas vagas para o Senado da República. É bom lembrar que pesquisas refletem o momento. Sem “poder de caneta” e com modificações no Secretariado que o acompanha desde o seu primeiro mandato, como prefeito da Capital, Ricardo Coutinho irá se deparar com uma realidade totalmente imprevisível, talvez adversa.
Ao invés de mandar (o que vem fazendo há quinze anos) irá pedir. Deixará de ser o “motorista”, passará a ser “caronista” – de um novo governo – que caso venha ser sua vice, pensa e age de modo oposto ao seu. Estes maus presságios têm assombrado alguns de seus fiéis companheiros de “roleta”, que não estão confiantes no seu palpite (João Azevedo). Deputado Federal Wellington Roberto, foi o primeiro a se afastar entregando a Secretaria de Esportes, em pleno ano eleitoral (?). Inacreditável.
Longe de subestimar o campeão de votos da Paraíba – por duas vezes – Ricardo Coutinho. Segundo a fonte José Antônio (Gotinha), existe um trabalho nos bastidores do Palácio da Redenção, para a vice-governadora Ligia Feliciano também renunciar no dia sete de abril (2018). Uma eleição indireta seria realizada através da Assembleia Legislativa, para um mandato “tampão”. Claro que o candidato seria João Azevedo, que disputaria em outubro sua reeleição. Seriam quatro anos (se reeleito) guardando a cadeira para o retorno de Ricardo.
Senador Raimundo Lira deixaria o MDB e seria o suplente de Ricardo Coutinho. Aguinaldo Ribeiro, em caça, aguarda um movimento em falso de Romero Rodrigues, para se posicionar como a segunda opção da chapa do PSB, já comprometida com Veneziano Vital do Rego.
Deputado Federal Pedro Cunha Lima será o vice de Luciano Cartaxo. Romero Rodrigues está sendo “assediado” por José Maranhão para indicar sua esposa como vice do MDB. Quem vai jogar sinuca com “pau” de dois “bicos”? Cássio ou Maranhão?
Na perspectiva da primeira dama do município não sair como candidata à vice de Maranhão, disputará uma vaga para a Câmara dos Deputados, enterrando o prestígio de Enivaldo (atual vice-prefeito), levando Aguinaldo e Daniella a obterem uma votação pífia em Campina Grande, sepultando suas pretensões para 2020. Fazendo uma analogia desta feita ao futebol, treino é treino, jogo é jogo. A partida começa em 08.04.2018.
Fonte: http://www.apalavraonline.com.br/colunista/junior-gurgel/
Créditos: junior gurgel