Túlio Gadelha desafia Bolsonaro a cantar corretamente o hino nacional - VEJA VÍDEO

Em seu primeiro discurso na tribuna da Câmara Federal, o deputado federal Túlio Gadelha (PDT) desafiou na última quinta-feira (27) o presidente Jair Bolsonaro (PSL) a cantar corretamente o hino nacional. A alfinetada faz referência à carta enviada pelo Ministério da Educação (MEC) a escolas do país para que todos fiquem perfilados diante da bandeira do Brasil, se houver na unidade de ensino, e que seja executada a composição.

Para o pedetista, a iniciativa do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, foi uma presepada. O documento pedia ainda que um funcionário da escola filmasse trechos curtos da leitura da carta e da execução do hino.

“A cada semana temos percebido um escândalo por dia e essa semana a presepada foi do ministro da Educação quando ele direcionou a escolas uma carta solicitando que se organizem os funcionários e alunos perfilados para execução do hino. Isso até me parece uma boa ideia, inclusive desafio o presidente Jair Bolsonaro a cantar corretamente o hino nacional, mas na carta o ministro pediu que a ação fosse filmada e lido o slogan da campanha. Isso é uma manifestação de autoritarismo inédita”, falou Túlio.

Apesar de informar que a iniciativa seria voluntária, o texto causou polêmica e fez o ministro recuar. Nesta terça-feira (26), Ricardo Vélez disse que foi um “erro” fazer o pedido às instituições e afirmou que a filmagem teria que ter autorização dos pais, conforme prevê a legislação. Uma nova versão da carta com o slogan da campanha de Bolsonaro suprimido foi divulgada. Embora tenha havido um recuo, nesta quarta, o Conselho Estadual de Educação de São Paulo elaborou uma manifestação em que considerou ilegal o comunicado do MEC.

Ao comentar o acontecimento, Túlio Gadelha ironizou: “É ilegal filmar e utilizar imagens de crianças sem prévia autorização dos pais. Ela fere acima de tudo a autonomia da gestão nas escolas. Se é para filmar, filmem as instalações precárias que têm nas escolas, que filme a quadra mal mantida, a defasagem da grade curricular e as salas de aula sem professor”.