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TSE nega pedido de Bolsonaro para barrar propaganda de Lula sobre compra de imóveis 

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou nesta quinta-feira (08) o pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) para barrar uma propaganda eleitoral do ex-presidente Lula (PT), que replica uma reportagem do UOL na qual mostra que ao menos 51 imóveis negociados pelo chefe do executivo e seu clã foram adquiridos total ou parcialmente com dinheiro em espécie.

“A investigação da imprensa revelou outro escândalo: 51 desses imóveis foram pagos em dinheiro vivo, no valor atualizado de R$ 25 milhões. De onde vem tanto dinheiro vivo da família Bolsonaro? É um escândalo tamanho família”, diz o vídeo de 30 segundos que começou a circular no último fim de semana.

Na ação movida nesta terça-feira (6), a campanha de Bolsonaro pede que sejam retirados do ar os vídeos com notícias sobre compra de imóveis com dinheiro em espécie. Os advogados do PL falam em má-fé e defendem a tese de que “moeda corrente” é diferente de “dinheiro vivo”.

“‘Dinheiro vivo’ e ‘moeda corrente’ são coisas bem diferentes. ‘Dinheiro vivo’ significa pagamento em papel moeda, ou seja, em cédulas. ‘Moeda corrente’ diz respeito a quaisquer meios de pagamento, contanto que sejam em moeda nacional, ou seja, em reais. Ou seja, a Representada sequer se preocupou em ler o conteúdo da matéria que retransmitiu de maneira desonesta, rasteira e vil. Ou se leu, se fez de desentendida”, diz trecho da representação.

Em sua decisão, o ministro Paulo de Tarso Vieira Sanseverino rejeitou o argumento da campanha de Bolsonaro e disse que a reportagem do UOL, replicada pela campanha de Lula, não transmite “informação gravemente descontextualizada” nem é “suportada por fatos sabidamente inverídicos”.

Em outro trecho da decisão, o magistrado acrescenta sobre a expressão “dinheiro em espécie”: “Dessa forma, a referência ao termo ‘dinheiro em espécie’ se mostra, à primeira vista, adequado à submissão ao debate público.”

*Com informações do UOL

 

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: UOL