Ao lado da mudança de tom da deputada Tia Eron (PRB-BA), que havia sido colocada na Comissão de Ética para salvar Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a mudança no voto de Wladmir Costa (SD-PA) sinaliza que o presidente da Casa afastado começa a perder poder. A avaliação é do jornal O Globo.
Minutos antes de votar contra Cunha, Costa havia feito uma contundente defesa do mandato do peemedebista. No entanto, após o voto de Tia Eron, recuou e mudou de posição. Costa era dado como “voto certo” por aliados de Cunha. Sua traição provocou revolta e ele foi acusado de ser “fraco de caráter”. A derrota do presidente da Câmara afastado foi puxada pelos votos da oposição, que se aliou ao PT e ao PSOL. O PMDB, por outro lado, se opôs ao primeiro passo em direção à cassação de Cunha.
“Votei por convicção e certeza que, mesmo não existindo provas materiais, existem indícios gravíssimos contra o mesmo e familiares. Me antecipei e resolvi informar logo pela manhã ao presidente do partido. O Paulinho da Força, [presidente do partido], mesmo não tendo exigido de minha pessoa que eu votasse contra ou a favor, me pareceu muito surpreso com o voto. Ficou atônito, mas logo saberá que fiz o melhor para o partido”, disse o deputado.
Fonte: O Globo
Créditos: Notícias ao Minuto