As eleições deste ano na Paraíba foram tão atípicas que, em vez de elegermos um Toinho do Sopão, elegemos dois.
Explico:
Virou tradição o eleitor eleger uma figura do povo para o parlamento com votação estrondosa, somente para protestar.
Já tivemos Enoque Pelágio, Santino, Toinho do Sopão…
Todos eles, campeões de votos numa eleição e fracasso total na seguinte.
O povo, depois do protesto, descobriu que não era pra ter votado e, por isso, não votou mais.
Nas eleições de 18, o eleitor protestou dobrado.
Mandou Julian Lemos para Brasília e Valber Virgulino para a Assembléia.
Julian, um ilustre desconhecido, apresentou-se ao público como o ungido de Bolsonaro, mas foi desautorizado pelo filho do presidente, que o deixou mais raso do que o chão.
Virgulino chegou à Assembléia com fama de brabo.
Arrota valentia, diz que é rápido no gatilho, mas quem o conhece sabe que não é bem assim.
Perguntem aos seus companheiros de caserna e eles lhes dirão que o Capitão Virgulino tem muito bafo e pouco caldo.
Mas isso não é da minha conta.
O importante é registrar a repetição do fenômeno Toinho do Sopão em mais uma eleição.
E a certeza de que, daqui a quatro anos, ambos retornarão ao tabuleiro dos comuns.
De onde jamais deveriam ter saído.
Fonte: Tião Lucena
Créditos: Tião Lucena