mais conversas

Temer tenta novo acordo sobre Previdência em reunião na casa de Rodrigo Maia

Mesmo disposta a enxugar a reforma da Previdência, a equipe econômica ainda enfrenta uma queda de braço com os parlamentares

O presidente Michel Temer participa agora pela manhã de nova rodada de conversas para tratar da reforma da Previdência. Dessa vez, Temer vai à casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) para se encontrar com líderes de partidos aliados. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, participará do encontro.

O café da manhã do presidente com os parlamentares é mais uma tentativa do governo para fechar acordo sobre texto mínimo da proposta de emenda constitucional que modifica as regras da Previdência. Pelas regras do protocolo em Brasília, todos os participantes da reunião iriam ao encontro do presidente da República. Temer faz o gesto no sentido contrário, indo à casa de Maia.

 

O governo cedeu nesta quarta-feira ao Congresso e, no fim da noite, aceitou manter em 15 anos o tempo mínimo de contribuição previdenciária para que os trabalhadores tenham direito a entrar com pedido de aposentadoria. O texto da reforma aprovado por comissão especial da Câmara em maio aumentava o pedágio para 25 anos.

Porém, mesmo disposta a enxugar a reforma da Previdência, a equipe econômica ainda enfrenta uma queda de braço com os parlamentares sobre como deve ser o texto enxuto a ser colocado em votação no plenário. O governo defende que a espinha dorsal da reforma precisa ter quatro pontos, mas a base aliada só endossa dois deles.

A equipe econômica quer manter na proposta a fixação de uma idade mínima para aposentadoria, com regra de transição; a equiparação entre trabalhadores do setor privado e do serviço público; a mudança na regra de cálculo de benefícios e pensões; e a criação de um fundo de previdência complementar nos estados.

Porém, depois de reuniões com líderes esta semana, ficou claro que só duas das medidas têm consenso por ora: idade mínima e equiparação entre trabalhadores para acabar com privilégios do funcionalismo. O restante dessa espinha dorsal, além de mudanças para trabalhadores rurais e no pagamento de benefícios sociais, deve acabar caindo.

 

Fonte: O Globo
Créditos: O Globo