Para tentar barrar a denúncia na Câmara, o presidente Michel Temer se reuniu com aliados, nesta quarta-feira (4), com a intenção de traçar estratégias para atrair o apoio de parlamentares.
Uma das possibilidades, sugerida pelos deputados Carlos Marun e Beto Mansur, é que o advogado do presidente, Eduardo Carnelós, grave um vídeo para ser distribuído aos políticos, por meio de mensagens de celular.
A ação já foi adotada anteriormente, quando da primeira denúncia contra Temer, por corrupção passiva. Agora, ele está sendo acusado, pela Procradoria-Geral da República, de organização criminosa e obstrução da Justiça. Os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral, também são alvo da ação, pelos mesmos crimes.
Em julho último, o advogado Antonio Claudio Mariz, então responsável pela defesa do presidente, apareceu no vídeo dizendo não haver provas contra Temer.
Segundo informações do blog da Andréia Sadi, no portal G1, os termos da gravação com a nova defesa de Temer já foram discutidos entre Carnelós e Gustavo Rocha, subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, segundo um aliado do presidente.
A denúncia contra Temer já se encontra na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os membros do colegiado devem votar contra ou a favor da ação, antes de ela seguir para análise dos deputados.
A votação em plenário é a última etapa da tramitação na Câmara. Se os parlamentares decidirem pelo prosseguimento da investigação, caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) instaurar o processo judicial. Do contrário, o caso é arquivado e só pode ser julgado após o fim do mandato do presidente.
Para a denúncia ter prosseguimento, são necessários pelo menos 342 votos a favor, o equivalente a três quintos dos 513 deputados.
Fonte: Notícias ao Minuto