TEMER NO GOVERNO: Ministro ou Garçom ?

Ao convidar Michel Temer para a coordenação política do governo, Dilma Rousseff queria que ele assumisse a Secretaria de Relações Institucionais. O vice-presidente recusou e disse que não seria ministro. Foi ele quem sugeriu o desenho em que as atribuições da agora extinta SRI passassem ao guarda-chuva da Vice-Presidência, o que garante que os acordos que ele selar serão cumpridos e evita choque de atribuições com a Casa Civil, que haveria com qualquer outro ministro. A informação é de Vera Magalhães, hoje na Folha de S.Paulo.

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Ao convidar Michel Temer para a coordenação política do governo, Dilma Rousseff queria que ele assumisse a Secretaria de Relações Institucionais. O vice-presidente recusou e disse que não seria ministro. Foi ele quem sugeriu o desenho em que as atribuições da agora extinta SRI passassem ao guarda-chuva da Vice-Presidência, o que garante que os acordos que ele selar serão cumpridos e evita choque de atribuições com a Casa Civil, que haveria com qualquer outro ministro. A informação é de Vera Magalhães, hoje na Folha de S.Paulo.

Segundo a colunista, depois da resistência imposta por Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao nome de Eliseu Padilha, Dilma e Temer decidiram alijar os presidentes do Senado e da Câmara da definição do vice como novo articulador. Dilma havia concluído que a dupla sabotou a renovação da SRI e que seria inútil consultá-los.

O anúncio desarmou os peemedebistas mais críticos ao Planalto. Um deles, que nos bastidores bombardeou a ida de Eliseu Padilha para o posto, saiu da reunião dizendo que Temer “pode ser solução” para a crise.

A escolha de Temer foi classificada como “a cartada final” de Dilma –tanto por petistas quanto por peemedebistas. “Se nem o vice conseguir articular o PMDB, acabou o governo. É tudo ou nada”, define um petista.