O presidente Michel Temer (MDB) lamentou o ataque a tiros contra a comitiva do ex-presidente Lula e atribuiu as agressões à polarização política do “uns contra outros”. Segundo ele, a divisão gera “atritos dessa natureza”. As declarações foram feitas nesta quarta-feira (28/3), em entrevista à rádio Band News. “Lamento muito que isso tenha acontecido”, declarou o emedebista.
Dois ônibus da caravana do petista foram atacados no caminho entre os municípios de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no Paraná, nessa terça (27). As latarias dos veículos apresentam perfurações semelhantes a marcas de tiro. Conforme informações de políticos do Partido dos Trabalhadores que participavam do grupo, ao menos quatro disparos atingiram os coletivos. Lula não estava em nenhum dos automóveis alvejados.
Na ocasião, o chefe do Executivo nacional também condenou as ameaças dirigidas ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin.
Ameaças e reforço na segurança
De acordo com Fachin, providências já foram pedidas à Polícia Federal. As medidas, segundo ele, já estão sendo adotadas. A presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, afirmou que a segurança dos magistrados já foi reforçada. O desconforto de Fachin com xingamentos e ofensas por e-mail vem aumentando desde o ano passado, quando ele assumiu a relatoria da Lava Jato, em substituição a Teori Zavascki, morto em acidente aéreo.
No fim do ano, Fachin confidenciou a interlocutores o incômodo com a situação. A maior preocupação dele é com a segurança de sua família.
Em relação às eleições deste ano, Michel Temer, candidato à reeleição, disse que o “povo brasileiro vai votar em projetos, não exatamente em pessoas”. Ele é um dos presidentes com maior índice de rejeição, apontam as últimas pesquisas de opinião. (Com informações da Agência Estado)
Fonte: Metrópoles
Créditos: Sara Alves