"indignidade"

Temer diz não ter medo de ser preso ao deixar o cargo: 'Seria uma indignidade'

Brazilian President Michel Temer gestures during the inauguration ceremony of the new Director General of the Brazilian Federal Police Fernando Segovia at the Ministry of Justice in Brasilia, Brazil, on November 20, 2017.  / AFP PHOTO / EVARISTO SA
Brazilian President Michel Temer gestures during the inauguration ceremony of the new Director General of the Brazilian Federal Police Fernando Segovia at the Ministry of Justice in Brasilia, Brazil, on November 20, 2017. / AFP PHOTO / EVARISTO SA

O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira (7), em entrevista veiculada pela rádio CBN, que não tem medo de ser preso quando deixar o cargo, acrescentando que isso seria uma “indignidade”.

Alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), Temer deu a declaração ao ser questionado sobre reportagem da “Folha de S. Paulo” segundo a qual procuradores avaliam adotar medidas contra o presidente quando ele deixar o Palácio do Planalto.

“Não temo, não [ser preso]. Não temo. Seria uma indignidade e lamento estarmos falando sobre isso. Eu prezo muito a instituição Ministério Público que, aliás, teve em mim um dos principais suportes”, declarou.

Em um dos inquéritos, Temer é investigado por suposto recebimento depropina na edição do decreto dos portos para, em troca, beneficiar uma empresa – ele nega a acusação.

No outro inquérito, são investigados os indícios de pagamento de propina pela Odebrecht na Secretaria de Aviação Civil, comandada pelo MDB entre 2013 e 2015.
Mais cedo, nesta segunda, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do inquérito dos portos no Supremo Tribunal Federal, prorrogou as investigações por mais 60 dias, a pedido da Polícia Federal.

Na avaliação do presidente, nesse inquérito, o crime já foi “derrubado”. “É um inquérito para investigar um assassinato que não tem cadáver”, acrescentou.

https://www.polemicaparaiba.com.br/politica/morosidade-barroso-da-mais-60-dias-para-pf-investigar-temer-por-decreto-dos-portos/

À noite, nesta segunda, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse “desconfiar” que o inquérito foi prorrogado para prejudicar a imagem do governo. “Espero que não tenha sido esse o objetivo (sangrar o governo), apesar de desconfiar disso. Entendo que qualquer pedido de prorrogação deveria vir acompanhado do artigo onde a tal empresa foi beneficiada”, declarou.
Foro privilegiado

Sobre o foro privilegiado, o presidente afirmou nesta segunda que essa discussão não o “preocupa”.
Na semana passada, o STF limitou o foro de deputados e senadores a casos relacionados ao exercício do mandato e em função do cargo. O Supremo não analisou a abrangência do foro para outras autoridades, como presidente da República, por exemplo.

Fonte: G1
Créditos: G1