O presidente Michel Temer estava decidido no final de semana a “convencer” Eliseu Padilha, Moreira Franco e José Yunes a pedir demissão por terem sido citados em delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo.
Temer, que também é alvo, abandonou a ideia já na segunda-feira ao avaliar que, se for trocar ministros a cada novo depoimento, logo os indicados pôr partidos aliados serão atingidos e substituí-los pode pôr em risco sua base de apoio no Congresso. Com baixo apoio popular, o governo se sustenta na força da base.
Temer também levou em consideração que, desde sua posse, seis auxiliares já pediram demissão. Se Padilha, Yunes e Moreira saíssem seriam mais três a tomar o mesmo rumo. E logo, logo teria de demitir pelo menos outros seis, que, já se sabe, serão mencionados em delações da Odebrecht.
Fonte: ESTADÃO