ESTRATÉGIA

Temer aguarda o bombardeio da Odebrecht para negociar com Renan Calheiros

A ideia é esperar o líder do Senado derreter para, só então, analisar se entrega ou não o que Renan pede: meios para ele o filho não perderem eleitorado em Alagoas, algo que está em pleno curso.

Xangai - China, 02/09/2016 POLITICA  VIAGEM CHINA  Presidente Michel Temer   em sua primeira viagem como presidente em definitivo do Brasil apos impeachment de Dilma Rousseff. Presidente Michel Temer durante encontro com empresários brasileiros e chineses   - Na foto  e /d   Renan Calheiros, presidente do Senado, Temer     FOTO Beto Barata/PR
Xangai - China, 02/09/2016 POLITICA VIAGEM CHINA Presidente Michel Temer em sua primeira viagem como presidente em definitivo do Brasil apos impeachment de Dilma Rousseff. Presidente Michel Temer durante encontro com empresários brasileiros e chineses - Na foto e /d Renan Calheiros, presidente do Senado, Temer FOTO Beto Barata/PR

Michel Temer respira fundo e conta até dez a cada petardo disparado por Renan Calheiros contra o Palácio do Planalto. Uma questão de estratégia.

Renan já disse pessoalmente ao correligionário tudo o que alardeia pela imprensa: a acusação de que o governo está loteado por prepostos de Eduardo Cunha, a afirmação de que Temer inviabilizou a aprovação da reforma da Previdência, entre outras espinafradas.

Temer ouve e, quando questionado sobre as críticas, sai pela tangente. Embora seus assessores o aconselhem, inclusive, a limar Renan das reuniões que faz com líderes do Congresso, o presidente planeja algo maquiavélico.

Ele aguardará a delação da Odecrecht deixar Renan ainda mais enfraquecido para, enfim, chamá-lo a uma conversa franca.

A ideia é esperar o líder do Senado derreter para, só então, analisar se entrega ou não o que Renan pede: meios para ele o filho não perderem eleitorado em Alagoas, algo que está em pleno curso.

A estratégia do presidente é quase perfeita. Temer só não pode esquecer que os dinamites de Marcelo Odebrecht & Cia também o atingirão fortemente.

Fonte: Veja